Festival de Veneza

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Leão de Ouro para “Faust”de Aleksander Sokurov- Darren Aronofsky presidiu o júri que acaba de premiar com o Leão de Ouro, o filme “Faust”do diretor russo Alesander Sokurov, nascido na Sibéria em 1951.

“- Foi uma escolha unânime entre os sete jurados”, disse Aronofsky, diretor de “A Fonte da Vida”(2006) e “Cisne Negro”(2009).

Veneza 2011 premiou assim, aquele que é considerado um dos cineastas mais influentes da Rússia, diretor de filmes magníficos como “Moloch”(1999) sobre Hitler e “Arca
Russa”(2002), painel sobre a história russa filmado no Museu Hermitage de Saint Petersburg em uma só tomada de câmara.

Sokurov é amigo do respeitado diretor Andrei Tarkovsky( “Solaris”, 1974)sob cuja influência começou sua carreira no cinema, tendo sofrido censura do regime soviético em seus primeiros longas. Trabalhou na televisão russa e dirigiu documentários, principalmente no Japão.

Dessa vez, Sokurov adaptou o romance clássico de Goethe, que conta a história de um homem que faz um pacto com o diabo em troca de poder e glórias terrenas. Dizem que o filme é belíssimo.

O Leão de Prata foi para o diretor Sangjun Cai por “People Mountain People Sea”, produção da China e Hong Komg, que foi o “filme surpresa” deste ano em Veneza.

E o terceiro lugar, a medalha de bronze, foi para o italiano “Terraferma”de Emanuele  Crialese, que tem como tema a imigração clandestina, uma questão importante na cena italiana atual.

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Rainha Margot – DVD

Lançamento em DVD – “A Rainha Margot” Versátil  Esse filme de 1994 marcou época. Dirigido com brio pelo francês Patrice Chéreau, conta a história real de uma noite que ficou conhecida como “Noite de São Bartolomeu”( noite de 23 de agosto de 1572) quando o sangue correu pelas ruas de Paris. Os protestantes foram ruelmente chacinados pelos católicos, nessa noite que marca o pior momento das guerras religiosas na França.

Os atores escolhidos para interpretar a nobreza, envolvida nessa história de intolerância e paixões perversas, eram os melhores da época.

A belíssima Isabelle Adjani puxa o cortejo como “a devassa” Rainha Margot, Virna Lisi faz a sua mãe, Catarina de Médicis, Vincent Perez é o seu amante La Môle e Daniel Auteil é o rei de Navarra, marido da Rainha Margot, futuro rei de França, Henri IV, que disse a famosa frase: “- Paris vale uma missa! “

Adaptado do romance de Alexandre Dumas, “A Rainha Margot” mais do que um filme histórico é uma discussão bem atual sobre a ganância pelo poder e os males que daí decorrem.

Os atores interpretam seus personagens com realidade e não parecem saídos do século XVI, mas sim pessoas poderosas do nosso mundo contemporâneo.

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