Oscar 2017- Indicados

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Eleonora Rosset

Abaixo vocês podem ler a lista dos indicados ao Oscar 2017, em sua 89a edição. Os prêmios serão entregues em 26 de fevereiro em Los Angeles:

 

 

MELHOR FILME

A Chegada

Até O Último Homem

Fences

Estrelas Além Do Tempo

Lion – Uma Jornada Para Casa

Moonlight – Sob A Luz Do Luar

La La Land – Cantando As Estações

A Qualquer Custo

Manchester À Beira-mar

 

MELHOR DIRETOR

Denis VilleneuveA Chegada

Mel GibsonAté O Último Homem

Damien ChazelleLa La Land – Cantando As Estações

Kenneth LonerganManchester À Beira-mar

Barry JenkinsMoonlight – Sob A Luz Do Luar

 

MELHOR ATRIZ

Natalie PortmanJackie

Emma StoneLa La Land – Cantando As Estações

Meryl StreepFlorence: Quem É Essa Mulher?

Ruth NeggaLoving

Isabelle HuppertElle

 

MELHOR ATOR

Casey AffleckManchester À Beira-mar

Andrew GarfieldAté O Último Homem

Ryan GoslingLa La Land – Cantando As Estações

Viggo MortensenCapitão Fantástico

Denzel WashingtonCercas

 

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE

Viola DavisCercas

Naomie HarrisMoonlight – Sob A Luz Do Luar

Nicole KidmanLion – Uma Jornada Para Casa

Octavia SpencerEstrelas Além Do Tempo

Michelle WilliamsManchester À Beira-mar

 

MELHOR ATOR COADJUVANTE

Mahershala AliMoonlight – Sob A Luz Do Luar

Jeff BridgesA Qualquer Custo

Lucas HedgesManchester À Beira-mar

Dev PatelLion – Uma Jornada Para Casa

Michael ShannonAnimais Noturnos

 

MELHOR ANIMAÇÃO

Kubo E As Cordas Mágicas

Moana

Minha Vida De Abobrinha

A Tartaruga Vermelha

Zootopia – Essa Cidade É O Bicho

 

MELHOR FILME ESTRANGEIRO

O Apartamento (Irã)

Um Homem Chamado Ove (Suécia)

Tanna (Austrália)

Terra De Minas (Dinamarca)

Toni Erdmann (Alemanha)

 

MELHORES EFEITOS VISUAIS

Horizonte Profundo – Desastre No Golfo

Doutor Estranho

Mogli – O Menino Lobo

Kubo E As Cordas Mágicas

Rogue One: Uma História Star Wars

 

MELHOR FOTOGRAFIA

A Chegada

La La Land – Cantando As Estações

Lion – Uma Jornada Para Casa

Moonlight – Sob A Luz Do Luar

Silêncio

 

MELHOR ROTEIRO ORIGINAL

A Qualquer Custo

La La Land – Cantando As Estações

O Lagosta

Manchester À Beira-mar

20th Century Women

 

MELHOR ROTEIRO ADAPTADO

Moonlight – Sob A Luz Do Luar

Lion – Uma Jornada Para Casa

Cercas

Estrelas Além Do Tempo

A Chegada

 

MELHOR EDIÇÃO

A Chegada

Até O Último Homem

A Qualquer Custo

La La Land – Cantando As Estações

Moonlight – Sob A Luz Do Luar

 

MELHOR DESIGN DE PRODUÇÃO

A Chegada

Animais Fantásticos E Onde Habitam

Ave, César!

La La Land – Cantando As Estações

Passageiros

 

MELHOR CANÇÃO ORIGINAL

Audition (The fools who dream) – La La Land – Cantando As Estações

Can’t stop the feeling- Trolls

City of stars – La La Land – Cantando As Estações

The empty chair – Jim: The James Foley Story

How far I’ll go – Moana

 

MELHOR TRILHA SONORA

Micha Levi – Jackie

Justin Hurwitz – La La Land – Cantando As Estações

Nicholas Britell – Moonlight – Sob A Luz Do Luar

Thomas Newman – Passageiros

Dustin O’Halloran e Hauschka – Lion – Uma Jornada Para Casa 

 

MELHOR EDIÇÃO DE SOM

A Chegada

Horizonte Profundo – Desastre No Golfo

Até O Último Homem

La La Land – Cantando As Estações

Sully – O Herói Do Rio Hudson

 

MELHOR MIXAGEM DE SOM

A Chegada

Até O Último Homem

La La Land – Cantando As Estações

Rogue – O Assassino

13 Horas: Os Soldados Secretos De Benghazi

 

MELHOR DOCUMENTÁRIO

Fogo No Mar

I’m Not Your Negro

Life, Animated

O.J. Made In America

13 Th

 

MELHOR FIGURINO

Aliados

Animais Fantásticos E Onde Habitam

Florence: Quem É Essa Mulher?

Jackie

La La Land – Cantando As Estações

 

MELHOR CABELO E MAQUIAGEM

Um Homem Chamado Ove

Star Trek: Sem Fronteiras

Esquadrão Suicida
 

MELHOR CURTA-METRAGEM

Ennemis Intérieurs

La Femme Et Le Tgv

Silent Night

Sing

Timecode
MELHOR DOCUMENTÁRIO EM CURTA-METRAGEM

Extremis

4,1 Miles

Joe’s Violin

Watani: My Homeland

The White Helmets

 

MELHOR CURTA-METRAGEM DE ANIMAÇÃO

Blind Vaysha

Borrowed Time

Pear Cider And Cigarettes

Pearl

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Manchester à Beira Mar

“Manchester à Beira Mar”- “Manchester By The Sea”, Estados Unidos, 2016

Direção: Kenneth Lonergan

No começo do filme somos apresentados a uma cidade e seu porto: Manchester. Barcos e casas ao longo da baia. Tudo banhado numa luz solar prateada. Ali faz frio.

Num desses barcos, um pai, seu filho que aprende a pescar e o tio fazendo piadas. Tudo leve, alegre, comum.

Talvez por isso haja um estranhamento quando tudo muda radicalmente.

Custamos a acreditar que aquele homem jovem, com um jeito duro, que trabalha como zelador faz-tudo num prédio de apartamentos em Boston, seja o mesmo que estava no barco com o irmão e o sobrinho.

Vemos Lee (Casey Affleck, ator maravilhoso), em pleno inverno, tirando a neve dos caminhos do prédio. Ele é também encanador e não trata bem as pessoas para quem trabalha.

Depois, num bar, vamos conhecer um pouco mais Lee, que é o centro da história que será contada.

Ele é problemático, paranoico, briguento. Começa uma briga feia naquele bar, sem motivo. O que aconteceu com ele? Por que mudou tanto? Por que tanta agressividade? Parece que ele procura alguém que o castigue.

Quando telefonam para Lee dizendo que seu irmão Joe (Kyle Chandler)  morreu, ele parece mais zangado do que triste. Não derrama uma lágrima. Mas corre para o hospital em Manchester, uma hora e meia longe de onde Lee está.

Um “flashback” mostra que o irmão mais velho de Lee tinha uma doença cardíaca grave, não iria durar muito. Os irmãos parecem próximos e Joe muito protetor do irmão mais novo.

Mas ainda não chegamos na cena crucial e muda que, ao som do triste adágio de Albinoni, vai mostrar o que se passou na vida de Lee. Algo terrível aconteceu e marcou aquele homem de forma cruel. Ele não quer viver. Ou melhor, vive para se punir. Sua depressão é grave e não há consolo para ele, imerso numa raiva congelante.

Casey Affleck (irmão de Bem Affleck) interpreta Lee com tanta entrega que faz a plateia sofrer com ele e, ao mesmo tempo, tentar evitar proximidade, já que ele inspira desconfiança porque intuímos que, a qualquer momento, ele pode explodir. Mas vamos ter que passar pelo que ele passou para entender porque sentimos essa ambiguidade. Pena e raiva, misturadas com medo.

O elenco coadjuvante é excelente. Michelle Williams especialmente, como a ex-mulher de Lee, tem cenas pequenas mas onde ela mostra a grande atriz que ela é.

O sobrinho Patrick (Lucas Hodges, ótimo) vai ter uma relação de brigas e discussões com Lee, que não quer ser seu tutor, mas também vai produzir o humor necessário para os momentos em que a plateia pode respirar e rir.

Até Lee dá um sorriso por causa dele. Não é um grande sorriso mas o possível.

Kenneth Lonergan, o diretor e roteirista que é também autor teatral, em seu terceiro longa faz a plateia viver o drama de Lee de maneira profunda. É doído. Ansiamos por um alívio que parece que nunca virá. O roteiro é brilhante e não cede a chavões nem a soluções simplistas.

“Manchester à Beira Mar” é um filme marcante, diferente dos inúmeros dramas familiares a que estamos acostumados a ver.

Keneth Lonergan merece todos os aplausos. Seu filme é fora do comum e palpita com personagens que parecem de carne e osso.

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