Do Jeito que Elas Querem

“Do Jeito que Elas Querem”- “Book Club”, Estados Unidos, 2018

Direção: Bill Holderman

Oferecimento Arezzo

Se você quiser passar umas duas horas em boa companhia, vá ver esse filme. Nada mais, nada menos que quatro mulheres carismáticas, maravilhosas, atrizes de primeira linha, levam a plateia a rir com elas, mesmo quando a piada é conhecida. Tudo que elas fazem na tela é sedutor e de bom gosto.

O diretor estreante e também roteirista, é o jovem Bill Holderman que produziu e também escreveu o roteiro  de “Uma Caminhada na Floresta” de 2015, que está no Netflix com Robert Redford. Apesar dos preconceitos, ele conseguiu impor suas quatro atrizes, Jane Fonda, 80, Diane Keaton, 72, Candice Bergen, 72 e Mary Steenburger, 65. Porque parece natural falar de sexo e homens mais velhos com garotas mas não o contrário, ou mesmo com homens maduros.

E o filme que custou 10 milhões de dólares, rendeu 58 nas três primeiras semanas nos Estados Unidos, desbancando os tabus.

A história é simples. As quatro amigas se reúnem uma vez por mês em Los Angeles para conversar sobre o livro que leram, beber vinho branco e falar sobre suas vidas. Começaram nos anos 70 com “Fear of Flying” de Erica Jong, grande sucesso na época.

Jane Fonda é Vivian, dona de um hotel de luxo, onde mora solteira. Diane Keaton é Diane, viúva recente, que tem duas filhas que insistem em tomar conta dela. Candice Bergen é Sharon, que é juíza federal, divorciada há 18 anos. E Mary Steenburger é Carol, uma “chef” casada com o homem que ama mas que é aposentado da vida.

Jane Fonda e a única que faz sexo ocasional e não quer saber de compromissos. O filme começa quando ela reencontra Arthur (Don Johnson), um flerte que ela não via há 40 anos.

Ela leva o livro “Cinquenta Tons de Cinza” para dar para as amigas. Será o livro do mês. Todas reclamam. Ouviram falar do livro mas não querem ler.

“- Eu escolhi. Cinquenta milhões vendidos. Quando for a vez de vocês, tragam aqueles livros deprimentes. Dessa vez é esse! ” diz Vivian.

E assim fazem. E todas se surpreendem gostando de saber o que acontece com Anastasia Steele e Christian Grey naquele quarto tão falado. Não é segredo nenhum que mulheres gostam de fantasias sadomasoquistas. E nossas quatro amigas começam a despertar para o sexo oposto, cada uma à sua maneira.

Assim, Andy Garcia é Mitchell, piloto de avião que vai encantar Diane Keaton. Craig T. Nelson é Bruce, marido aposentado da carente Carol que tenta entusiasmá-lo para a cama. E Richard Dreyfuss é George, que a juíza Sharon encontra num site de relacionamentos.

O filme é leve, bem cuidado e fotografado para valorizar cada uma das atrizes, belos cenários, mas o principal é que elas são ótimas. Olhar para elas e sentir a graça e a energia no que dizem e fazem é um bom alívio, apesar de momentâneo, para os dias que vivemos.

Ler Mais

Mamma Mia!

“Mamma Mia! ”- Idem, Estados Unidos, 2008

Direção: Phyllida Lloyd

Um barquinho cruza o mar azul noite, com rastros prateados da Lua, levando Sophie (Amanda Seyfried), 20 anos, até a caixa do correio da vila perto da ilha grega de Kalokairi, onde mora com sua mãe Donna (Meryl Streep).

Sophie vai se casar e tem um desejo palpitando forte em seu coração. Ela quer saber quem é seu pai e mais, quer que ele a leve até o altar no dia de seu casamento. Sua mãe silencia sobre o fato.

Mas Sophie encontrou o diário da mãe e achou três possíveis candidatos a pai, que namoraram Donna 21 anos atrás. É para eles que ela envia convites de seu casamento, tendo a certeza de que reconheceria o pai assim que o visse. E canta ”I Had a Dream”.

O filme é uma adaptação para o cinema de um musical que foi inaugurado em 1999 em Londres, com grande sucesso. E foi escrito por Catherine Johnson, que usou músicas do grupo sueco ABBA, compostas por Benny Andersson e Bjorn Ulvalus, antigos músicos da banda, para contar a história.

Mais de 42 milhões de pessoas assistiram ao musical mundo afora.

O filme foi dirigido por Phyllida Lloyd, que também foi responsável pela direção do musical no teatro. E foi rodado na ilha grega de Skiatós, uma belíssima locação.

A personagem principal é Donna, uma ex hippie que estava na Grécia quando engravidou. Como ela tinha namorado ou saído com três caras (Pierce Brosnan, Colin Firth e Stellan Skarsgard) naquele fim de verão, um deles seria o pai tão desejado de Sophie. Pelo menos é o que pensa sua filha.

Donna tem um hotelzinho na ilha onde moram mas quase nenhum dinheiro para a manutenção do lugar, que nem por isso perde seu charme.

Quando chegam para o casamento as amigas de Donna (Julie Walters e Christine Baranski) que com ela faziam no passado um trio musical, “Donna and the Dynamos “, o filme ganha em ação, humor e mais números musicais (Money, money, money, Do your mother know, Take a chance on me, Chiquitita, Dancing Queen).

Meryl Streep surpreende pela voz e energia atlética da interpretação, mostrando sua versatilidade e encanto (The Winner Takes it All).

Na verdade, todo o elenco canta e dança com animação e parece se divertir usando figurinos dos anos 90.

“Mamma Mia!” é um filme leve e bem feito, que vai agradar principalmente a quem gosta das músicas do ABBA e do elenco estrelado do filme dançando coreografias engraçadas.

Atenção! Depois dos créditos finais tem dois números extras com todo o elenco. Adorei!

Ler Mais