Frida

“Frida”- Idem, Estados Unidos, 2002

Direção: Julie Taymor

Oferecimento Arezzo

A menina alegre que corre pela rua para conseguir pegar o ônibus é sorridente e ágil. Mas ela não sabe o que vai vir. Aquele sorriso e leveza vão acabar numa tragédia.

O desastre do ônibus a mandou para a cama do hospital com diversas fraturas, todas graves. Foi um milagre ela sobreviver.

E sempre foi assim. Frida Kahlo (1907-1954) enfrentou seu destino com coragem, brigando pelo que ela queria nessa vida. Assim, casou-se com um dos mais famosos muralistas do México, o homem de sua vida, Diego Rivera. Casamento com tempestades de ciúmes e infidelidades da parte dele.

Considerada uma das artistas plásticas mais talentosas do México, Frida pintou sua vida em seus quadros. Dor e sofrimento, imagens de pesadelo e paraíso.

Reconhecida mundialmente, ela lutou por suas bandeiras políticas, a causa feminina, os indígenas, o idealismo do comunismo e Trotsky.

Em sua cama quando já não podia caminhar, dizia:

“Pés para que os quero, se tenho asas para voar? “

“Frida” é um filme dirigido por Julie Taymor com talento e sensibilidade. Selma Hayek está esplêndida com sua Frida impetuosa e Alfredo Molina convence como Diego Rivera, apaixonado e egoísta.

As cores invadem a tela a todo momento contando a vida de Frida em seus quadros e a música de Eliot Goldenthal, que ganhou o Oscar, emociona.

Não perca.

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O Leopardo

“O Leopardo”- “Il Gattopardo” , Itália, 2025

Direção: Direção: Tom Shankland e mais 2

A belíssima adaptação do livro de Giuseppe Tomasi di Lampeduza (1896-1957), produzida pela Netflix, conta a história da guerra pela unificação da Itália, até então pequenos reinos independentes.

A minissérie em 6 capítulos começa em abril de 1860.  No norte, comandado por Garibaldi e com o apoio do rei do Piemonte, um exército marcha para o sul, em direção à cidade de Palermo.

Em seu belo e antigo “Palazzo”, rodeado por um esplêndido jardim de fontes e árvores seculares, a dinastia Bourbon espera ansiosa a chegada do patriarca, o Principe de Salinas, com notícias.

Sua chegada acalma a família e vemos o sobrinho Tranchedi, galante com a prima Conceta, sair de novo cavalgando apressado.

A avaliação do Príncipe é de que se trata de escaramuças entre vadios, camponeses que não tem terras próprias e gentalha. Não é coisa para se preocupar.

Muito se engana…

E a história é farta de traições, mortes inesperadas, amores proibidos, lutos pesados, sonhos perdidos, corações partidos.

Em 1963, Luchino Visconti fez um filme extraordinário sobre o mesmo livro. Mas há quem diga que essa minissérie da Netflix é melhor. E a explicação é aceita por muitos, que apontam para a autenticidade.

Realmente, o filme de Visconti foi filmado em cenários “Hollywoodianos” enquanto a minissérie da Netflix se passa no lugar onde a história aconteceu. A fotografia mostra a cidade de Palerno e seus tetos e telhado barrocos, campos verdes, personagens que se vestem na moda da época. E são todos italianos.

Os Palácios que são autênticos, mesmo decadentes, falam mais do que os supostos bem arrumados.

Bem, ambas as versões merecem aplausos. E por mais que haja pessoas que torçam o nariz, quem vai poder esquecer a valsa de Alain Delon e Claudia Cardinale?

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