Minha Amada Imortal

“Minha Amada Imortal”- “Immortal Beloved”, Reino Unido, Estados Unidos, 1994

Direção: Bernard Rose

Quem foi a “amada imortal” de Ludwig van Beethoven (1770-1827)? A carta endereçada a ela foi encontrada entre os pertences do compositor depois de sua morte, aos 56 anos, devido à falência do fígado. Dizem que ele tinha hepatite crônica e bebia muito.

Apesar da fama de feio, Beethoven teve muitos casos amorosos, dado o carisma de sua personalidade e a fama que tinha. No filme, interpretado com talento por Gary Oldman, podemos ter uma ideia sobre seu temperamento violento mas também romântico.

Seus biógrafos escrevem que ele começou a sentir mais fortemente o comprometimento da audição aos 25 anos e que aos 46 estava completamente surdo. Mas continuava compondo. Parece que a surdez deveu-se a uma doença na infância e aos maus tratos do pai, que batia nele na cabeça, exigindo que estudasse quatro horas ao piano por dia. Ele queria exibir o filho como menino prodígio, tal Mozart, mas não teve êxito. Chegou até a mentir a idade do menino e o próprio Beethoven pensava que era dois anos mais moço do que realmente era.

Muito jovem, tornou-se arrimo de família, dado o alcoolismo do pai. Mas sempre estudou piano e aos 12 já compunha.

O filme mostra o empenho de seu secretário e amigo, Anton Schindler, na procura de quem seria a mulher para quem Beethoven escrevera a carta. Jeroen Krabbé faz Schindler, devotado a essa causa, último desejo de Beethoven.

Ele vai atrás de Giulietta Guicciardi (Valeria Golino), que era sua aluna e para quem o compositor dedicou a “Sonata ao Luar”, da húngara Anna Marie Herdody (Isabella Rossellini) e de Johanna ter Steege (Johanna Reiss), que se casou com o irmão de Beethoven. Até hoje há desacordo entre os biógrafos sobre a identidade dessa mulher. O mistério permanece.

O diretor Bernard Rose escreveu o roteiro em ordem cronológica e há “flashbacks” sobre a vida do compositor.

A cena mais bela acontece depois que o menino leva uma surra do pai, foge de casa e vai até o lago, iluminado pelas estrelas. Ele boia entre as luzes do céu enquanto ouvimos os acordes da “Nona Sinfonia” que quase todos consideram sua obra prima.

Belo filme sobre um gênio, dono de uma música divina.

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