O Quebra-Nozes e os Quatro Reinos

“O Quebra-Nozes e os Quatro Reinos”- “The Nutcracker and The Four Realms “, Estados Unidos, 2018

Direção: Lasse Hallstrom e Joe Johnston

Quem gosta de balé sabe que Natal sem o “Nutcracker” não existe. Com música de Tchaikovsky e coreografado por Marius Petipa e Lev Ivanov, estreou em São Petersburgo em 18 de dezembro de 1892 no Teatro Mariinsky.

A história do balé é baseada num conto de E.T.A. Hoffmann, “O Nutcracker e o Rei Rato”, que foi adaptado por Alexandre Dumas como “A História do Nutcracker”, que tem a forma de um soldado de brinquedo.

O filme da Disney passa-se na Inglaterra vitoriana e vemos, na abertura, uma coruja que sobrevoa Londres num voo panorâmico. É véspera de Natal e a neve cai nas ruas e praças com árvores enfeitadas.

Porém, na casa dos Stuhlbaum há um clima de tristeza que destoa da alegria da festa. As três crianças perderam a mãe. O pai, também desolado, tenta divertir os filhos mantendo as tradições. Chama todos para os presentes escolhidos pela mãe antes de morrer.

Louise (Ellie Bamber), a mais velha, ganha o vestido favorito da mãe, Fritz (Tom Sweet), o irmão menor, fica feliz com seus soldadinhos e Clara (Mackenzie Foy), a filha do meio, herda um precioso ovo de prata que pertencera à sua mãe. Mas falta a chave para abrir o ovo.

Acontece que o padrinho de Clara, Drosselmeyer (Morgan Freeman) era muito amigo da mãe dela, uma mulher inteligente e criativa. Os dois criavam brinquedos maravilhosos. E Clara era a filha que puxou à mãe e também adorava criar as engrenagens que movimentavam os brinquedos.

É na casa de seu padrinho, durante a festa de Natal, que ele a leva a descobrir um portal mágico que vai dar passagem aos Quatro Reinos, à procura da chave que vai abrir o ovo.

Lá Clara se alia ao Capitão Phillip (Jayden Fowora-Knight) que é o Nutcracker e é recebida pela Fada Sugar Plum (a bela Keira Knightley), que também chora a perda de sua rainha, mãe de Clara. Parece que vai haver guerra porque a Mãe Ginger (Helen Mirren) do sombrio Quarto Reino ameaça os outros reinos.

Só que Clara vai ver que nada é o que parece ser.

O ponto central da história é como lidar com a questão da perda de uma pessoa querida, o luto de Clara pela morte de sua mãe. A garota vai ter que achar a chave que trará as respostas de que ela precisa. É uma viagem de auto conhecimento.

Mas essa produção Disney é feita principalmente para encher os olhos do público. Há pouca dança mas a encantadora Misty Copeland se sai muito bem nas pontas e a trilha sonora inclui trechos da conhecida música de Tchaicovsky para o balé.

A produção de arte é extraordinária na criação de belíssimos cenários e os figurinos de Jenny Beavan são de ganhar Oscar. Há tanto para ver que a impressão é a de que perdemos muita coisa, nesse filme em 3D bem aproveitado.

“O Quebra-Nozes e os Quatro Reinos” é um filme para todas as idades e um espetáculo visual especialmente caprichado.

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