Queen
“Queen”, Índia, 2013
Direção: Vikas Bahl
A casa de Rani, em Nova Delhi, está tumultuada. Daqui a dois dias ela vai se casar e muitos são os preparativos que a envolvem e também às amigas e parentes que vieram para a festa.
Rani sabe que seu nome que dizer “Rainha” e se sente o centro das atenções. E gosta disso, apesar de ter fama de ser tímida. Um véu vermelho bordado de dourado emoldura seu rosto radiante.
Rani é morena de pele clara, longos cabelos negros e grandes olhos num rosto harmonioso. Seu casamento com Vijay (Raj Kummar Ra) não foi um daqueles arranjados pela família. Eles se amam, ela tem certeza. Sonha com o futuro, enquanto suas mãos estão sendo pintadas com hena, um costume indiano.
Todas as convidadas cantam e dançam, celebrando a felicidade de Rani. Palitos de fogos de artifício iluminam mais ainda a cena colorida e alegre.
Mal sabe Rani que a visita do noivo no dia seguinte vai cair como uma bomba:
“ – Rani, sinto muito, não posso me casar com você. Minha vida mudou. ”
Estão num pequeno café e Rani chama a atenção de todos porque é impossível não chorar com essa notícia abrupta que muda toda a vida e os sonhos dela.
Rani chega em casa e se tranca no seu quarto. A mãe chora e o pai não sabe o que fazer.
Rani relembra como se conheceram na loja de doces do pai dela. Ele a perseguia em todos os lugares e chamava Rani de “My Queen”. Um dia apareceu numa moto com balões vermelhos em forma de coração. Como não se apaixonar por aquele rapaz romântico?
Ele vai estudar Engenharia em Londres e diz que tatuou o nome dela no coração. Todas essas lembranças machucam.
Mas Rani, no dia seguinte, surpreende a família dizendo que vai fazer a lua de mel sozinha. Enlouqueceu?
Pois esse foi o primeiro passo na direção oposta a aquela para a qual se preparara. Sem noivo, sem amigas, mal arranhando o francês, ela voa para Paris. Sempre fora a cidade que ela quisera conhecer.
E lá vai nascer um nova Rani que enfrentará os obstáculos do caminho enfrentando tudo com forças internas que ela não sabia que tinha.
Adeus à Rani chorona. Benvinda a nova Rani, de cabelos soltos, aberta para as coisas boas que a vida tinha para oferecer. Mas sem perder seu jeitinho correto de ser.
O filme foi sucesso de público e crítica. A atriz principal, Kangana Ranaut, é muito expressiva e o elenco dá uma piscadela para o tema do racismo e da aceitação do diferente, já que reúne jovens de todas as cores de pele.
Como o orçamento era baixo foi filmado “in loco”, tanto em Paris como em Amsterdan, o que deu bastante cor local ao filme, com cenários verdadeiros e uma bela fotografia.
“Queen” nos fala também da nova mulher que nasce na Índia, se aventurando sozinha pelo mundo e aproveitando as oportunidades que a vida oferece. O casamento não será o único destino dessa nova mulher que pode escolher o que quer viver, sem a tutela dos pais e dos casamentos arranjados respeitando castas.
É um filme sem pretensão mas que diverte. E como em todo filme indiano, muita música mas que aqui segue o roteiro e as aventuras de Rani.
Vale ver.
Acabei de ver o filme.
Nem assistiria se não fosse indicado por uma psicanalista que vai ao cinema.
Isto é, ia, né, pq com esta pandemia, ela se adaptou rapidamente e passou a resenhar e indicar filmes da Netflix, o que me deixou muito feliz, pq agora posso assistir imediatamente os filmes que ela recomenda.
Rani, a Queen é dessas raras jovens que realmente mostra que se a vida lhe dá um limão , ela logo aprender a fazer uma deliciosa caipirinha.
E nós deixa felizes com a felicidade dela.
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Minha Sinopse
Nasci em São Paulo, Capital. Sou a primeira filha de sete irmãos nascidos de Yvette e Octavio Pereira de Almeida, casada com Ivo Rosset. Estudei Psicologia na PUC de SP e Direito no Mackenzie. Sou psicanalista, membro associado da Sociedade Brasileira de Psicanálise de SP. Atendo em meu consultório há mais de 30 anos. Sempre adorei cinema, desde as sessões Tom e Jerry, passando pelo Cine Bijou até o saudoso Belas Artes. Meus filmes preferidos: “Morte em Veneza” de Visconti e “Asas do Desejo” de Wim Wenders.
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