O Ilusionista

“O Ilusionista”- “The Illusionist”, Estados Unidos, 2006

Direção: Neil Burger

O ilusionismo é uma arte que desde sempre fascinou plateias. Prontas para ver milagres, as pessoas se deixam encantar pelo clima misterioso que cerca a magia de objetos e pessoas que aparecem e desaparecem, fruto de uma ilusão que surpreende nas mãos de alguns talentos estudiosos dessa arte.

“O Ilusionista” é uma adaptação de um conto, “Eisenheim The Ilusionist”, de Steven Millhouser, ganhador do prêmio Pulitzer. A música do filme é do famoso Philip Glass, que também ajuda a criar o clima de mistério e romance.

E tudo começa no fim do século XIX numa aldeia perto de Viena, onde vivem Sophie (Jessica Biel) e aquele que vai tornar-se Einsenheim (Edward Norton).  Menino ainda, ele faz truques com cartas e prepara um medalhão de madeira com a sua efígie, que se abre com um segredo, feito especialmente para Sophie que ele ama.

Ele é filho de um marceneiro e a menina é de uma família nobre. Seus destinos se dirigem para direções opostas.

Ela vai viver na corte do príncipe herdeiro Leopold. E o menino aprende a arte da marcenaria com seu pai.

Esse aprendizado vai lhe ser muito útil nos truques do ilusionismo que ele vai desenvolver e aperfeiçoar em viagens  para o Oriente. E vai voltar para o Ocidente com a aura da fama e o nome de Eisenheim.

E o amor vai ganhar um par apaixonado quando Sophie e seu amigo de infância se reencontram. Um nunca esqueceu do outro. Mas ela é agora a prometida em casamento para o príncipe, um sujeito de péssimo caráter.

Mas todo o poder do herdeiro do trono, acolitado pelo inspector Uhl da polícia, interpretado por Paul Giamatti, será de pouca valia frente à firmeza do ilusionista apaixonado e correspondido.

Ele é um craque no palco mas também fora dele. Sua inteligência e o poder de armar não só truques para a plateia mas verdadeiras encenações na vida real, vão mudar o destino do casal enamorado, que sofre perseguição da polícia.

A ordem do príncipe é de sumir com o ilusionista que quer lhe roubar a bela Duquesa.

Mas não contava com o talento de Eisenheim, que prevê cada movimento de sua trama e prepara cada ação muito antes que alguém possa perceber do que se trata.

O filme é uma fábula sobre o poder do trono e da riqueza versus o poder do amor sincero.

A fotografia é genial na montagem das aparições e desaparecimentos de pessoas e o filme encanta pelas artes do ilusionismo e com o modo talentoso como o diretor e roteirista, Neil Burger, prepara o suspense e o ritmo com que a história é contada.

Vale a pena assistir.

Este post tem 0 Comentários

Deixe seu comentário

Obter uma imagen no seu comentário!