A Pele que Habito

“A Pele que Habito”- “La Piel que Habito”, Espanha 2011

Direção: Pedro Almodóvar

 

Ele é um diretor de cinema que virou adjetivo. Sua maneira original de ir do drama lacrimoso ao riso desenfreado, do bom gosto ao “kitsch” com cores sempre “néon”, marca uma estética pessoal que agrada ao público.

Almodóvar, muito imitado, nunca será igualado. Seus fãs sabem disso e esperam seus filmes com ansiedade e prazeres antecipados.

Pois bem, aí está “A Pele que Habito”, seu décimo oitavo filme que não ganhou a Palma de Ouro em Cannes mas que deu o que falar. Há os que amaram e os que detestaram. Mas nem mesmo esses últimos ousaram perder o novo Almodóvar.

“A Pele que Habito” começa em um futuro próximo em Toledo, numa paisagem bucólica e numa casa com nome romântico, “El Cigarral”.

Mas logo o estranho se faz presente. Um corpo vestido em uma malha justa, uma segunda pele (desenhada por Jean Paul Gaulthier), faz yoga. Vê-se um cartaz de uma exposição de Louise Bourgeois, a famosa artista plástica francesa.

Mãos enluvadas manipulam gazes. Rostos são esculpidos.

Sabemos agora que é uma mulher (Elena Anaya) que pede à governanta da casa Marilia (Marisa Paredes) mais bandagens, agulhas e tesouras. Ela faz arte?

Em um armário, vestidos mostram recortes inusitados. Ela experimenta um deles sobre a malha.

Um carro esporte branco traz para a casa outro ocupante. É Antonio Banderas vestido de jaleco branco, o dr Robert Legard, que, também ficamos sabendo, conduz experiências pouco ortodoxas em seu laboratório, em busca de uma pele resistente a queimaduras e doenças.

Misterioso e intrigante, o tema do filme vai aos poucos ficando mais claro para quem vê os “flashbacks”que explicam a relação entre o médico e a estranha mulher de malha.

“A Pele que Habito” trata de tudo que sempre fascinou Almodóvar, filme após filme. Estão lá a mãe poderosa, os filhos sem pai, desejos proibidos, forte sexualidade e identidades dúbias.

Inspirado no livro “Tarântula” do francês Thierry Jonquet (1954-2009), Pedro Almodóvar faz de seu ator preferido um personagem de Mary Shelley (“O Médico e o Monstro”), em um filme com elementos de terror, dominação sádica, submissão masoquista e vingança.

Inspirado por outro mago do cinema, Fritz Lang, Almodóvar fez de “A Pele que habito” um filme “noir”mas não em preto e branco. Não seria coisa dele.

O amor pelo Brasil transparece na música, a canção “Pelo amor de amar” de 1961, composta por Jean Manzon para um filme de Albert Camus. E um dos filhos de Marisa Paredes fala espanhol com sotaque baiano.

Na conclusão, fica a certeza de que o importante não é a pele mas o ser que habita a pele.

Para entender isso, corram para ver o novo Almodóvar.

Este post tem 0 Comentários

  1. Eleonora Rosset disse:

    Queridos todos,
    Estranho como o filme do Almodóvar assusta as pessoas… Ninguém ousou escrever nada sb ele. E no Facebook mts disseram adorar o diretor de cinema espanhol.
    Será por causa da sexualidade exaltada e por vêzes perversa? Será que é o tema que é excêntrico?
    Vai ver que está todo mundo preferindo ver que escrever.
    Ou estão todos cansados com os meus textos? Espero que não…
    Por favor, alguém aí responde?
    Eleonora

  2. Talvez sejam todas as alternativas q vc coloca menos esta, é claro:
    “Ou estão todos cansados com os meus textos?”
    Seus textos estão cd vez melhores, isso é indiscutível.
    Eu tenho tb outra alternativa: são os feriados.
    Nos feriados tudo diminui na internet, os e-mails, os comentários no Face e até as notícias parece q ficam meio minguadas e sem graça.
    Confesso que esse zero comentário estava me inquizilando, até pensei em escrever algo e não sei pq não o fiz.
    Porém, não fique triste, Eleonora
    que este mundo é todo seu
    vc é mto mais bonita
    q a camélia q morreu.
    Muitas virão.

    Vem cá, o seu site está no FACE?

  3. Eleonora Rosset disse:

    Sylvia querida,
    Ai que bom que vc entendeu o meu drama. Aquele zero me olhava tão definitivo que eu tive que reclamar e pedir ajuda…
    Será mesmo que são os feriados? Parece razoável essa explicação.
    Qto ao Face, não está lá o blog. Está aqui. Eu chamo pra cá com pequenos recados , fotos. A idéia é que o texto seja lido aqui na Vejinha.
    E adorei a trova da camélia!
    Vc qdo faz, faz completo ein minha amiga?
    Obrigada e mts bjs

  4. Me lembrei q qdo via esse 0 coment eu tb atribuía à Mostra de cinema. Os cinéfilos ficam doidinhos na época da Mostra não ficam? Correndo de uma sala pra outra…

  5. Sonia Clara Ghivelder disse:

    Olá Eleonora
    Vou assistir amanhã esse filme do Almodovar pelo visto tão intrigante a partir do seu comentário.
    Por aqui, ainda não li nada a respeito. Vou abrir os jornais daqui a pouco…
    Amanhã segue o meu comentário. Confesso que estou curiosa. Aliás, em relação ao Almodovar, seus riscos valem a pena…………
    Bjs,
    Sonia Clara

  6. ANGELIKA WINKLER disse:

    NÃO VI AINDA O FILME, MAS COM CERTEZA VOU VÊ-LO LOGO, DEPOIS DE LER SUA CRÍTICA, MUITO ESCLARECEDORA QUANTO AOS SENTIMENTOS FORTES, ADOREI! PARABÉNS!

  7. sonia clara ghivelder disse:

    Oi, Eleonora
    Onde está o espanhol kitch,o verdadeiro Almodovar? Neste filme que no seu início parecia querer nos dizer que muitas vezes a pele que habitamos nem sempre é o que parece, seria um tema reflexivo e interessante, e ajustar essa idéia na tela até certo ponto parecia original. Ou seja: a pele que habitamos pode ser “falsificada” através de uma fantasia, máscara, ou até mesmo da farmacologia. Até aí, é tudo provável. No campo transgenico,da mutação, é um viés audacioso para essa pretensão.
    A sexualidade wild do tigre é obvia. E seguir com ela até o “Zeca” obvio tb. Nós que gostamos do Almodovar já sabemos que a sua ânsia de nos mostrar a sua “liberdade” pode permitir-se até o infinito. Acontece que o roteiro é confuso, fragmenta a idéia e enfraquece o filme.
    Quem está na sua prória pele é Antonio Banderas que respeita seu personagem improvável sem perder o seu lado absolutamente espanhol, acreditando que aquele laboratório é dele mesmo e não fabricado pelo Almodovar.
    Gostei da trilha sonora e me lembrei de uma música que se chama “Petite Fleur”, dos anos 70, que embala a festa num belo solo de sax.
    Vou aguardar mais otimista o próximo filme do barroco Almodovar.
    Bjs
    Sonia Clara

    • Sonia Zagury disse:

      Sonia Clara querida, li seu comentário a respeito deste último filme do Almodovar e concordo com muita coisa que vc escreveu a respeito, inclusive sobre a música que demonstra o seu amor pelo Brasil, mas desta vez confesso que fiquei muito decepcionada, Almodovar não é mais o mesmo, até as cores de Almodovar tão decantadas pelo nosso Caetano Veloso desapareceram nesta amostra do que virá por aí nas suas próximas películas, sinceramente acho que ele pirou de vez, é uma pena pq até hoje não tinha perdido sequer um filme dele. Lamentável!!

  8. lilian kogan disse:

    Le, acho que o filme eh forte, precisa de um tempo de digestão, para depois poder “entrar na palavra escrita”…
    Não acho que seja nada pessoal com sua crítica, muito pelo contrário, acho que tem a ver com esse rítmo Almodavariano, que tanto mexe com nossas peles…a de dentro e a de fora…
    Pessoalmente amei o filme, mas ainda gostaria de escutar mais, ler mais a respeito, pois ele eh muito mais real do que gostaríamos de supor, e obviamente inquietante!
    Gracias!
    Bjs
    Lilian

  9. lilian kogan disse:

    Ah sim tbem adorei a trilha sonora!

  10. Eleonora Rosset disse:

    Queridas Lilian e Sonia Clara,
    Vcs precisam ler o Caderno 2 de hoje com uma longa entrevista com Marisa Paredes falando sb “A pele que habito” . Tem uma critica do Zanin, tb primorosa.
    E os dois concordam com a tremenda evolução que o filme marca na trajetória artistica e pessoal de Almodóvar que deixa o “kitsch” um pouco de lado para fazer um mergulho mais profundo na intimidade da alma humana, explorando os segredos da androginia, pedra de toque da sexualidade e origem de todos os problemas mais intimos do ser humano. Lembram-se do Banquete de Platão? Das duas metades separadas que se procuram?
    Leiam a entrevista e o Zanin.
    Ah! Luiz Carlos Merten que faz a entrevista e tb tinha tido um sentimento de obra menor frente à “A Pele que habito”, conta como o filme cresceu para ele na segunda vez que o viu.
    Eu tb vou rever e pensar mais sb as questões propstas e que, numa primeira visão, podem ser obscurecidas pelo choque das imagens.
    Mts bjs para as duas

  11. lilian kogan disse:

    Assim que chegar em casa,vou ler…eu tbm quero ver de novo!
    Bjs

  12. sonia clara ghivelder disse:

    Querida Eleonora

    A androginia é um assunto por demais complexo para ser tratado e elucidado em apenas cem minutos de um filme. É um fenômeno particular e assim deve ser abordado, não comportando qualquer generalização. Mesmo porque espera-se de Almodovar algo mais e nunca menos. Aliás, se o filme não trouxesese a assinatura dele estaria sendo muito menos discutido. É claro que o filme contém alguns belos momentos como as referências às pinturas renascentistas, em geral,e a Goya, em particular.Entretando, é a bizarrice que assina este filme. Para nós espectadores maduros é no mínimo infantil ficarmos “epatados” com as cenas do filme. A pele que habitamos, tema central do filme é, como disse, uma reflexão e abordagen importantes para todos nós até porque que pergunto: temos vários “eus” num só corpo. Em qual deles sinto-me mais feliz? Portanto, expor essa complexidade na tela é tarefa dificílíma para qualquer cineasta. Pensei no Buñuel que com a sua loucura menos explicita e muito mais sofisticada poderia,talvez, levar esse tema a um outro corner e c0ontexto mais interessantes. bjss
    Sonia Clara

    • Eleonora Rosset disse:

      Sonia Clara,
      Sabe o que eu acho? Que alguém como o cineasta talentoso Pedro Almodóvar tem direito de tratar de qualquer assunto do jeito que ele achar melhor. Não acho que a androginia seja assunto que não possa ser tratado sob diferentes pontos de vista.
      E a arte é exatamente esse campo de liberdade de que o artista goza.
      Se alguém discorda, é outra questão. Se alguém gosta mais da maneira x de apresentar uma questão estética, de jeito nenhum pode dizer que a maneira y é equivocada.
      À arte é intrínseca a liberdade de criar cd qual à sua maneira, não é mesmo?
      Por isso é tão apaixonante!
      Tb gosto demais de Bunuel mas eles são espanhóis diferentes. Ambos gênios, cada um à sua maneira.
      Adoro trocar opiniões com vc, amiga!
      Bjs

  13. sonia clara ghivelder disse:

    Querida amiga,
    Preciso dizer que aqui neste excelente espaço em nenhum momento, como já disse antes, me atrevo a criticar. Não sou crítica de coisa alguma, muito menos de cinema. Gosto de comentar os filmes com a minha sensibilidade e alguma experiencia de atriz que sou.Ponto.
    Em relação a este filme do Almodovar, e pensando no q vc escreveu, pensei no “BANQUETE” do Platão. Acho q é sem dúvida a sua obra mais importante no que diz respeito ao conceito da sexualidade humana onde ele faz um mergulho nas mais possíveis e variadas camadas do amor.
    Em que “degrau” dessa escada o ser humano se completa, é livre escolha de cada indivíduo. Certamente essa é a proposta mais instigante desse filme.
    As imagens nos chegam em alguns momentos com belas alegorias e eu “torci” para que a androginia merecesse um laboratório mais plausível. Quem sabe num futuro mais próximo? Almodovar desde já nos faz essa premonição. Entretanto, em seu filme, ele aposta na implausibilidade.
    Desejamos á todos que se sintam bien et heureux dans ça peau.
    Bjs e nada melhor q podermos trocar idéias de maneira viva e livre para o q der e vier.
    Baci

  14. Paulo Martins disse:

    Mary W Shelley escreveu Frankenstein e Robert Louis Stevenson O médico e o Monstro, fora isso gostei do q escreveu sobre o filme q acabei de assistir, do Almodovar.
    Um bom filme, mas um tanto desagradavel de assistir.
    Um abraço!

  15. heddy dayan disse:

    Amei o filme, e foi graças a sua recomendação que insisti nele, porque nos primeiros trinta minutos achei lento. Não me assustei com as cenas, pelo contrário, com a capacidade de Almodóvar estar cada vez mais maduro. Beijos. Heddy Dayan

  16. Marcelo Schmitt disse:

    Querida Eleonora:

    Acabei de assistir A pele que habito,e como tantos outros sou apaixonado pelo cinema de Almadóvar,pois ele consegue sempre ir além.deixar sempre algumas mensagens ambíguas, o que a maioria não consegue absorver.
    Saí do cinema me questionando sobre alguns elementos do filme,mas adorei,e quero assisti-lo novamente.

    Parabéns pelo seu olhar sempre brilhante em tudo que vê

    Marcelo

    • Eleonora Rosset disse:

      Marcelo,
      É bom saber que vc gostou do filme e da minha resenha.
      Tb adoro os filmes de Almodóvar. Acho que ele consegue fazer filmes com autoria. A gente sp sabe que ele vai tratar de comportamentos limite e da parte mais obscura do ser humano. Mas sem criticar nem apoiar. E isso só um mestre consegue fazer.
      Volte sp para conversar !
      Bhs

  17. Edson Placco disse:

    Ontem fui assistir finalmente o filme do ALMODOVAR… Simplesmente SURPREENDENTE… Há tempos näo assistia um filme com um roteiro que apesar de surreal, foi muito bem amarrado e bem contado… aliás a ELENA ANAYA é uma caso à parte!!!

  18. Simone Pereira disse:

    Eleonara,
    Achei seu blog e gostei bastante pois reune duas coisas que acho essenciais:cinema e psicanálise. Sou leiga no assunto mas curto muito como arte e curiosidade.
    O filme é sensasional. Vi ontem e passei hj ainda pensando. Todas as cenas e diálagos tinham uma razão de ser. Concordo com vcs que nesse filme o Almodovar cutuca fundo na alma das pessoas. Mas fiquei com uma questão: ele quis demonstrar que não há reconstruções de identidades? Sim pq ali todas as doenças mentais não tiveram superação. Pelo contrário, dominavam aqueles seres. Mesmo na cena final o Vicente/Vera ficou sem conseguir se identificar com o novo corpo. Ficou algo fluido, nem masculino nem feminino.

    • Eleonora Rosset disse:

      Simone,
      Não sei se compreedi direito o que vc perguntou…
      Leia a frase que fecha o meu texto. Nela quero dizer justamente que a aparencia, a pele, não é a principal referência para qq ser himano. Vera é a mulher reconstruida pelo cirurgião? Só por fora e no que ela/ele tem de desejos ambiguos, vontade de ser outro, diferente de sua identidade pp.
      Por isso ele volta para casa e a mãe é claro que o aceita. Foi à força a transformação…
      Foi uma violência, uma vingança. Mas por sua vez facilitou o aparecimento de Vera em
      Vicente. Mas por perversão, não por vontade pp como no caso dos transexuais.
      Podería escrever mt sb isso mas acho que aqui não é o local.
      Mas veja se respondi à sua dúvida.
      Volte sp . Gostei mt de trocar idéias com vc.
      Bjs

  19. Simone Pereira disse:

    Oi Eleonora!!!
    Achei perfeita a sua frase de conclusão e com ela concordo plenamente a respeito do filme. Também as suas considerações me ajudaram a pensar mais. Mas o que ainda me intriga é se o Almodovar quis passar um olhar cético em relação à recuperação ou reconstrução das personalidades. Concordo que no caso do Vicente ele não quis ou não conseguiu mudar de pele e virar a Vera. Ou ficou isso na dúvida… Mas, e no caso dos demais personagens que demonstravam algum distúrbio mental como o próprio Robert, a sua mulher, a filha Norma ou o Zeca, enfim. Todos pareciam possuir alguma obsessão, mania, distúrbio de personalidade e não acabaram bem. Foram consumidos por seus lados perversos,sombrios ou foram vítimas desse lado dos outros. Nos outros filmes, embora o Almodovar sempre mostre personagens excêntricos e exagerados acho que tinha um olhar mais otimista. Enfim, eu sei que um cineasta mostra uma arte e essa não precisa seguir um padrão. Mas de certa forma, todos acabaram mal no filme. Será que ele quis demonstrar que não há muitas saídas para a loucura humana?
    abraços e muito obrigada por vc ter aberto essa interlocução

    • Eleonora Rosset disse:

      Simone,
      Eu, como terapeuta, sei que só podemos ajudar quem quer ser ajudado.
      Almodóvar sp foi um diretor que gosta do excêntrico, de falar da diversidade sexual, de explorar os lados escuros da mente humana. Mas não acho que queira denunciar isso como doenças…Ele é mais um observador que encena os dramas da vida. Não há intuito de mostrar saídas da loucura ou da neurose, pelo menos aqui.
      Em “Fale com ela”fica claro essa intervenção a favor do ser humano e como o amor ou a solidariedade pode fazer a diferença.
      Em “Pele que habito”acho que ele só quis mostrar o que cada um consegue com as escolhas que faz. Vicente é um sobrevivente da loucura. Há aqui uma recuperação, uma aceitação. Ele pode voltar para casa.
      É uma luz em tantos personagens escuros, não acha?
      Bjs

      • Marta Custódio disse:

        Nossa… onde vc se formou? Se especializou?
        Bom, já deu pra perceber que terapeuta vc não é, muito menos psicanalista, né?
        Fundamentação e olhar clínico e crítico zero!!!!!!

  20. Joel Soihet disse:

    Como admirador de Fellini garanto que Almodóvar nem lhe chega perto, nem arranha. Quando assisti “Mulheres à Beira…” e mais uns dois ou três que se seguiram achei que era um diretor interessante, não mais que isso. Acho que a sua preferência sexual move o seu trabalho e isso é ruim. F.W. Murnau da mesma “escola”, tinha mais cuidado de não misturar alhos com bugalhos pois o mais importante era o filme p ex Sunrise (Aurora) de 1927 e Tabu de 1931. Dar dinheiro para ver perversão gratuita você consegue o mesmo efeito olhando de soslaio numa janela de bordel.

  21. Eleonora Rosset disse:

    Joel,
    Claro que vc tem direito à sua opinião. Respeito.
    Mas quem sabe quem não tem acesso a janelas de bordel pode achar interessante ver um Almodóvar?
    Sexo é uma forte motivação no ser humano e na Natureza em geral. Almodóvar rasga a cortina do “pudor” e mostra o que ele vê, tanto no mundo fora qto no mundo interno dele.
    Sabe=se que a obra de arte sp contém o artista que é o autor.Aliás tudo que a gente faz ou diz somos nós, autênticos ou fingidos, não é mesmo?

    • Joel Soihet disse:

      Ao tratar de sexo, por natureza da arte psicanalítica, esse passa a ser um tema chave. Desta maneira a sua análise de um trabalho de Almodóvar se vê prejudicado, mas não por seu amor ao cinema.

  22. Olá! Que prazer ler um post interessante sobre esse filme instigante! Se te interessar, postei um artigo meu sobre a Borgeouis no meu blog (cidadeclandestina.blogspot.com) há um tempinho. Pinto a obra dela com as tintas de Nietzsche. Um abraço e até mais.

  23. Lord disse:

    LEIA SOZINHO porque no passado eu também não acreditava que ia dar certo, mas? funciona mesmo!!! Entrei neste site e fiz esta prece. Fiz para ver se ia dar certo e deu, assim que acabei meu amor ligou. A pessoa que eu copiei também não acreditava mas para ela também funcionou! AGORA VEREMOS? Diga para você mesmo o nome do único rapaz ou moça com quem você gostaria de estar (três vezes)? Pense em algo que queira realizar na próxima semana e repita para você mesmo (seis vezes). Se você tem um desejo, repita-o para você mesmo (Venha cá ANJO DE LUZ eu te INVOCO para que Desenterre FpS de onde estiver ou com quem estiver e faça ele ME telefonar ainda hoje, Apaixonado e Arrependido, desenterre tudo que esta impedindo que clcn venha para MIM , afaste todas aquelas que tem contribuído para o nosso afastamento e que ele clcn não pense mais nas outras? mas somente em MIM. Que ele ME telefone e ME AME. Agradeço por este seu misterioso poder que sempre dá certo. Amém?). Publique esta simpatia por três vezes , basta copiar e colar por três vezes em in forum diferente esta simpatia abaixo e logo em 48hs você terá uma linda surpresa, beijos Ainda esta noite de madrugada o TEU amor dará conta de que TE ama, algo assim acontecerá entre 1 e 4 horas da manhã esteja preparada para o maior choque de sua vida! Se romper esta corrente terá má sorte no amor. Deus vai lhe abençoárá e sua vida não será mais a mesma

  24. Rodrigo disse:

    Afinal, a menina que se joga do hospital era realmente a filha dele ou era um dos jovens rapitado???Eu não consegui entender essa parte

  25. Lorenna disse:

    Um filme interessante para ser analisado. Mas fiquei bem confusa sobre a personagem Marília. Ela sofre de algum transtorno, síndrome ou só se culpa pelas obsessões dos filhos?

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