Além da Escuridão – Star Trek
“Além da Escuridão – Star Trek”- “Star Trek Into the Darkness”, Estados Unidos 2013
Direção: J.J. Abrams
Para quem só tinha visto Star Trek na TV dos anos 60, esse “Além da Escuridão – Star Trek” é uma surpresa e tanto.
Tudo já começa em ritmo vertiginoso, com a trilha sonora tonitruante de Michael Giacchino e seres brancos/giz, vestidos de panos amarelos, correndo atrás do comandante da Enterprise, numa floresta vermelha, antes mesmo dos créditos iniciais do filme.
E, sem que se possa imaginar onde estamos, um vulcão alarmante parece que vai decretar o fim daquele mundo. Mas aí, o bom e velho Spock (Zachary Quinto) está dentro do vulcão e, claro, consegue acalmá-lo no último segundo, com uma máquina de altíssima tecnologia e eficiência.
E como ele vai conseguir sair dalí? Perguntamos nós, aflitos.
E é nesse momento que reconhecemos, lá no fundo de nossa memória de criança, aquilo que mais atraia na série em preto e branco da televisão americana: o espírito de equipe, a solidariedade entre os membros da tripulação da Enterprise, de diferentes raças e até mesmo espécies de outros planetas.
A amizade do capitão Kirk (agora o bonitão Chris Pine) pelo alienígena de orelhas pontudas e franjinha, vai faze-lo quebrar outra vez as regras rígidas da Federação e por isso vai perder sua nave.
Mas há reviravoltas e, quando a própria Federação tem que enfrentar a ameaça de atos terroristas do terrível vilão super-homem John Harrison (o ótimo Benedict Cumberbatch), nosso comandante volta à ativa e tudo terá proporções que nós, crianças dos anos 60, nem ousávamos imaginar.
E a conhecida solidariedade e amizade entre os tripulantes da nave vai brilhar mais uma vez. O piloto japonês Sulu (John Cho), a bela Uhura (Zoe Saldana), especialista em línguas, McCoy (Karl Urban), o médico humanista, Chekov (Anton Yelchin), o russo que entende tudo sobre a nave e Scotty (Simon Pegg), o brilhante engenheiro escocês, vão passar por poucas e boas, numa Enterprise muito maior, onde os vemos correndo e se socorrendo uns aos outros, nas escadas e pontes suspensas quando falha a estabilidade da nave.
O filme é emocionante, divertido, com um roteiro eficiente e uma produção de arte com boa imaginação. Ainda bem que não mexeram muito no visual dos uniformes da Enterprise. Fortalece o elo afetivo com os personagens que conhecemos desde criança.
A mocinha Carol (Alice Eve), que é nova na história, apesar de uma cena breve em lingerie, não empolga, mas é bonitinha e tudo indica que vai namorar o capitão Kirk.
Bem, tenho que acrescentar que assisti ao filme num cinema que é um aliado importante nas emoções do novo Star Trek. O Cinépolis Iguatemi JK em 4D faz a gente participar das aventuras quase como se estivéssemos na tela. Ouvem-se gritos e risadas e há bons sustos. Recomendo.