Bugsy

“Bugsy”- Idem, Estados Unidos, 1991

Direção: Barry Levinson

Violento, sedutor, autoritário, narcisista, psicopata, qual a melhor palavra para definir Benjamin “Bugsy” Siegel? Porque poderíamos também dizer fascinante, líder, inteligente, visionário, sonhador. Ele era múltiplo. E  conseguia o que queria, quase sempre pela força dos argumentos, sendo o melhor deles sua arma.

Warren Beatty interpreta com vigor o temido gangster mafioso, nascido de imigrantes judeus russos no Brooklyn, Nova York, em 28 de janeiro de 1906, que morreu assassinado a tiros em 1947, em sua casa em Beverly Hills.

Seus companheiros o apelidaram “Bugsy” (percevejo em português) por causa de seu temperamento violento e impulsivo. O próprio odiava o apelido. E aquele que o chamasse assim, não sabia o perigo que estava correndo.

Ben Siegel (nascido Sigelman) vendia proteção a comerciantes quando iniciou sua carreira no crime, aos 14 anos, já tendo sua própria quadrilha. Associou-se à  Meyer Lansky (Ben Kingsley) e juntos formaram um sindicato de criminosos, “Bugs and Meyer”, para mais tarde vir a trabalhar para “Lucky” Luciano, o rei da máfia, num sindicato que reunia organizações italianas e outras de todo o país.

Em 1929 casou-se com Esther Krakover (Wendy Phillps) apesar de sua fama de mulherengo e teve duas filhas, a quem adorava.

A polícia já vigiava seus passos em Nova York. E seu amigo Lansky sugeriu então que se mudasse para a costa oeste, na Califórnia. Lá ele chefiou o jogo e apostas ilegais, a prostituição já existente e a venda de drogas.

Em Los Angeles, Ben Siegel aumentou sua reputação de criminoso elegante comprando uma mansão em Beverly Hills. Frequentava festas em Hollywood, boates da moda e era amigo de estrelas e astros do cinema.

E, em 1930, encontrou a mulher de seus sonhos, a  bela “starlet” Virginia Hill (Annette Bening). Fascinado e ciumento, Ben Siegel promete divorciar-se e casar com ela. E foi com ela que ele realizou seu sonho de construir uma cidade no deserto. O Hotel Cassino “Flamingo”, em  Las Vegas teve sua construção iniciada em 1945, financiado pelo dinheiro da máfia.

E uma nota curiosa e romântica. O par interpretado com paixão por Beatty e Annette Bening, com cenas tórridas  e discussões que acabavam com objetos quebrados e gritaria, tornou-se um casamento na vida real que dura até hoje com quatro filhos.

“Bugsy” recebeu 10 indicações ao Oscar, incluindo Melhor filme e Diretor e ganhou dois pela Melhor Direção de Arte e Figurinos. Além de vários outros prêmios levou o Globo de Ouro de melhor filme do ano.

Filme imperdível, com um elenco de atores brilhantes, música de Ennio Morricone e  um ritmo quente com muito “glamour” e sangue.

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