Caminhos da Floresta

“Caminhos da Floresta – Into the Woods”, Estados Unidos, 2014

Direção: Rob Marshall

Era uma vez…

Adoramos essa fórmula tão escutada na nossa infância. Todas as histórias de fadas sempre encantaram as crianças de inúmeras gerações.

Mas e se os personagens que conhecemos morassem perto da mesma floresta mágica? E pudessem se encontrar, trocar ideias e até ficar amigos?

Isso é “Caminhos da Floresta”, o novo musical da Disney.

Assim, a Cinderela (Anna Kendrick) chora porque não vai ao baile. Por causa da maldade das irmãs e da madrasta, que não emprestam nada para ela, Cinderela não tem o que vestir. Sabemos que ela se arranja e vai. Mas e se ela ficasse na dúvida quanto ao príncipe (Chris Pine)?

E se o Lobo Mau (Johnny Depp) enredasse a Chapéuzinho (Lilla Crawford) como sempre mas no final ela aprendesse mais de uma coisa com ele?

E o caçador, que salva a vovó e a menina, sumiu e virou o padeiro (James Corden) que quer ter um filho mas não pode por causa da maldição da bruxa.

E se sua boa e leal esposa (Emily Blunt) começasse a ter ideias estranhas?

Rapunzel (Mackenzie Mauzy) joga as tranças para ninguém menos que Meryl Streep, a bruxa que um dia foi linda e quer voltar a ser, custe o que custar.

E na floresta, João (Daniel Huttlestone), que vai vender sua vaca querida na feira, encontra o padeiro que quer satisfazer a bruxa e compra o bicho de estimação do menino com feijões mágicos. E quando os gigantes aparecerem?

E por aí vai.

“Caminhos da Floresta – Into the Woods”  foi um musical de sucesso em Londres e Nova York, nos anos 80, com músicas e história de Stephen Sondheim e James Lepine. E claro que houve uma adaptação da história para o cinema. Eliminaram o tom mais sombrio e as sugestões sexuais do texto original. Até algumas músicas foram deixadas de lado para que tudo ficasse mais palatável para as famílias. É uma produção dos estúdios Disney, afinal.

Se bem que, se perdeu de um lado, o musical ganhou do outro, porque o cinema permite cenários grandiosos, efeitos especiais e variar de cena num piscar de olhos. A magia do cinema, bem usada, abre novas opções que o palco de um teatro não permite.

O visual de “Caminhos da Floresta” é mágico. Figurinos, cenários, voos da câmara e vozes afinadas cantando enquanto as cenas fantásticas vão se montando na tela. E há diálogos também.

O musical de Rob Marshall (“Chicago”) valeu uma outra indicação ao Oscar para Meryl Streep que canta com uma voz linda.

Sucesso de público garantido.

Este post tem 0 Comentários

  1. Hugo Ferreira disse:

    Mais uma dica de alto padrão Eleonora…
    É importante “perceber” que o cenário de toda a magia é a ‘floresta”. A floresta abriga encantos e no final, podemos nos perguntar…o que estamos fazendo com nossas encantadas florestas?
    Sem duvida, uma produção com a chancela Disney, não pode sair do patamar da excelência…
    Obrigado por mais essa dica

    • Eleonora Rosset disse:

      Hugo querido,
      Bom ver vc de volta por aqui! Esse filme não agrada quem não gosta de musicais… Mas quem se deixar levar, vai se encantar. O filme deixou a história mais certinha porque é para todos os públicos, Disney, claro.
      O original era mais apimentado, bem anos 80!
      Bjs

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