É Tudo Meu

“É Tudo Meu”- “Mine”, Coreia do Sul, 2021

Direção: Lee Na-Jeong

Assinadas por um arquiteto internacionalmente famoso, as mansões onde habitam em Seul os membros da bilionária família Han, dona de um império, se escondem num parque magnífico, criado por um paisagista de renome. Árvores de diversas cores, lagos, espelhos d’água, fontes, caminhos de pedra e extensos gramados, são o cenário onde se movimentam os personagens dessa série sul-coreana NETFLIX, em 16 episódios.

Já no início vemos imagens do que parece ser um assassinato na mansão onde moram o patriarca Han e sua mulher, a filha dela com seu marido e o segundo filho de Han, Ji Ho, casado com Kim Seo-hyeong, que é uma mulher elegante e a pessoa mais inteligente e equilibrada dentre os seus familiares.

Mas o crime é apenas um flash do futuro. A narrativa inclui esses cortes, que nos fazem ver eventos do passado e do futuro, através de vários ângulos diferentes, aguçando nossa curiosidade.

Completando a família, na outra mansão mora o filho mais velho Yi Yong, que luta pela cadeira do pai. O segundo filho, já citado, é colocado de lado na sucessão principalmente porque é alcoólatra. Mas ele tem um filho jovem, terceira geração da família, que conta também com um menino de 8 anos, Han Ha Joo, filho único do primogênito.

Mas quem decide a sucessão é o patriarca. E acontece que, inesperadamente, antes da palavra final, ele tem um mal súbito e entra em coma.

Yi Yong é cruel e misterioso. Sua mulher, a aparentemente frágil Seo Hi-soon, uma bela ex atriz, adora o filho do marido, Han Ha Joo, como se fosse sua mãe verdadeira.

Quando uma professora é contratada para ocupar-se da educação de seu filho, a ex atriz não domina seus ciúmes. Kang Ja-kyeong é bonita e o garoto se afeiçoa a ela imediatamente.

Mas uma descoberta surpreendente vai colocar essas duas mulheres numa luta pelo amor da criança.

Casada com o patriarca, a avó é excêntrica e histérica. A personagem tem cenas hilárias. Yang Soon Hye certamente não é uma dama. Grita e bate nos empregados num show de berros e lágrimas. Glutona, devora refeições fartas sem nenhum requinte.

Há um pavão, que é o pet da avó, que se nega a abrir o belo leque da cauda e um diamante azul, aparentemente perdido pela casa.

Parece confuso mas não é. Porque há várias voltas ao passado onde podemos rever os acontecimentos de outros pontos de vista,  podendo reparar em detalhes importantes. A cada episódio encontramos uma peça que falta no quebra-cabeças.

Há uma crítica aos costumes e à moral dos patrões atrelada a uma submissão acachapante dos empregados. O clima é bem de deuses olímpicos fazendo o que querem e os outros obedecendo.

Nada “Parasita”.

Este post tem 0 Comentários

Deixe seu comentário

Obter uma imagen no seu comentário!