Melancolia

“Melancolia” - “Melancholia”, Dinamarca, Suécia, França, Alemanha, 2011

Direção: Lars Von Trier

O décimo quarto filme do talentoso e polêmico diretor dinamarquês, Lars Von Trier, 55 anos, pode ser visto como uma ficção científica, um filme-desastre sobre o fim do mundo ou como um drama psicológico.

No início, antes mesmo do nome do filme e diretor, belíssimas imagens de pesadelo invadem a tela em câmara lenta.

O rosto sombrio e pesado de Kirsten Dunst nos olha sem vida, enquanto pássaros mortos caem do céu, atrás dela.

Começamos a ouvir o prelúdio de Tristão e Isolda, de Richard Wagner, uma das músicas mais românticas e tristes de que se tem notícia.

Um jardim renascentista cerca um relógio de sol de tamanho desproporcional. Uma silhueta de mulher é percebida ao longe, no cenário noturno.

Um planeta negro e outro azul gravitam no espaço interestelar.

Outra mulher (Charlotte Gainsbourg), corre em pânico, com uma criança no colo. Do que ela foge?

Um cavalo negro cai num campo ressecado enquanto Kirsten Dunst está de braços abertos, em meio a uma sinfonia de borboletas e folhas rodopiando.

Na frente de uma mansão escura, estáticos, um menino entre duas mulheres.

Kirsten Dunst solenemente ergue as mãos e observa filamentos que saem dançando de seus dedos.

Uma noiva corre por uma floresta. Seus pés e seu vestido se emaranham em fios cinzentos.

A conjunção fatal dos planetas se aproxima do seu apogeu.

Numa cena que lembra o suicídio de Ofélia em Hamlet, de Shakespeare, a noiva é levada como um corpo morto, pela correnteza de um riacho, com seu buquê nas mãos sobre o peito.

O menino descasca um longo graveto, observado por Kirsten Dunst. Ele olha o céu, buscando os planetas, apreensivo.

O gigante azul engole o planeta menor. Colisão.

Ouve-se um rumor surdo e profundo.

Poeira de planetas preenche o ar na explosão que se segue.

Esse prólogo do filme resume a história do planeta Terra destruído por Melancholia.

O próprio Lars Von Trier diz, em entrevista, que escolheu essa maneira de contar a história porque o importante não é o que acontece, mas sim ver como tudo acontece, não só no mundo externo mas dentro das pessoas.

E esse vai ser o assunto do filme, dividido em duas partes: Justine e Claire, o nome das duas irmãs.

Justine, a noiva relutante, que oscila entre a mania e sinais de uma depressão grave e a irmã Claire, que cuida dela, do marido (Kiefer Shuterland) e do filho. Mais saudável que Justine, Claire vai, aos poucos, trocando de estado mental com a irmã.

Quando a dança da morte dos planetas se impõe e a vida na Terra é ameaçada, Claire entra em pânico porque tem muito a perder e Justine aceita o fim como se fosse uma benção, melancólica mas curada de sua depressão grave.

Em uma entrevista em Cannes, Lars Von Trier falou sobre a possibilidade das duas irmãs serem lados diferentes da mesma pessoa, ora deprimida/maníaca, ora saudável. E acrescenta que suas experiências pessoais o levaram a escrever a história do filme:

“-Meu alter-ego é sempre feminino nos meus filmes. Dessa vez tenho dois, duas mulheres”.

No fim de “Melancholia”, dentro da “caverna mágica” (bela metáfora sobre a sala de cinema), a tela nos mostra a união entre a criança e as duas mulheres, de mãos dadas, enfrentando o desconhecido, a destruição da ordem anterior e a aniquilação da vida.

“Melancholia”, aqui, é o nome de um planeta mas também de um estado de alma.

Lars Von Trier não adota o sentido dado por Freud à melancolia que seria um estado de depressão grave, devido a um luto impossível pelo ser amado e odiado, ao mesmo tempo, por causa do abandono.

Para o diretor e roteirista, a depressão seria o estado doentio que pode até ser tratado com remédios. É Justine na primeira parte do filme. Já a melancolia é para ele um sentimento de vazio, mais existencial, do qual ninguém se cura, porque a vida inclue, necessáriamente, a morte.

Para ele, então, a melancolia “é um tipo de vitamina que todos precisamos”. É Justine banhando-se à luz de “Melancholia”, toda nua sobre o rochedo.

Certamente, pensar na morte é valorizar a vida e procurar viver sem se entregar a defesas incapacitantes. É abrir mão da felicidade maníaca para poder viver momentos felizes. É fugir da depressão mortal e abrir espaço para a tristeza, que pode levar ao pensamento libertador. É aceitar a humanidade em nós.

Lars Von Trier, que não esconde de ninguém que sofreu crises depressivas e tentou refugiar-se no alcoolismo, foi considerado “persona non grata”no festival de Cannes, onde participava da competição, após declarações infelizes e inaceitáveis sobre o nazismo e Hitler.

Desculpou-se no dia seguinte mas o estrago já tinha sido feito. Mas seu filme continuou na competição e Kirsten Dunst foi escolhida como a melhor atriz.

Lars Von Trier, o fundador do movimento Dogma, continua com sua câmara na mão balançando e acompanhando de perto os personagens e suas aflições. Ao mesmo tempo, herdeiro de Bergman e Visconti, deslumbra a todos nós com cenas grandiosas e cenários de arrepiar.

O prelúdio de Wagner vai ser ouvido apenas nos momentos de maior emoção, contrapondo-se ao silêncio musical das outras cenas, o que torna tudo muito mais pungente.

A obra, no caso de Lars Von Trier, fala mais alto e melhor que seu criador.

Este post tem 26 Comentários

  1. Como faço pra compartilhar na minha página do Face Book?

  2. Sonia Clara Ghivelder disse:

    Olá Eleonora
    A interpretação da “Melancolia” narrada cinematográficamente em imagens poéticas nos mostra a personagem Justine( Kirsten Dunst),excelente e densa atriz, esvaindo sua energia através de imagens surrealistas. O ritmo da melancolia faz o seu percurso em camera lenta mostrando a desintegração da personagem.
    A metáfora encontrada pelo diretor é bastante original quando principalmente o “planeta” ou a sensi bilidade humana entra em rota de colisão.
    O filme do dinamarquês Lars von Triers tem vários códigos de interpretação cabendo a cada ecpectador percebe-los, o que torna este filme intrigante.
    A atriz inglesa Charlotte Rampling notabilizada pelo filme “Verdict” que fez em 1982, direção de Sidney Lumet, com Paul Newman, impõe agora sua presença num pequeno grande papel. John Hurt é o John Hurt. Ponto. A atriz Charlotte Gainsburg faz uma “Claire” maravilhosa.
    A música de Gustav Mahler pontua com energia e beleza os caminhos da chamada “maladie de l”âme”.
    Apenas lamento a triste e infeliz declaração do diretor Lars von Triers em relação ao nazismo no recente Festival de Cannes.
    Bjos,
    Sonia Clara

    • Eleonora Rosset disse:

      Querida Sonia Clara,
      Sublime, ” Melancholia” é um filme para não esquecer jamais. Sabia que vc iria gostar.
      E até entendo o ato falho ao citar Mahler, um autor judeu, como o compositor do prelúdio de Tristão e Isolda, que é de Wagner. As declarações infelizes de Lars Von Trier indignaram todo mundo…
      Bjs

  3. Sonia clara ghivelder disse:

    Vc tem razão. Ato falho meu. Amo e adoro Mahler, principalmente a 1a e 3a sinfonias. Amo e adoro Wagner como o que ouvimos no filme “Melacholia”, “Tristão e Isolda”, e ainda a magnífica abertura da ópera “Tanhauser”
    É bem possível, que Lars Von Triers ao fazer a infeliz declaração, estivesse tomado naquele dia, pela cruel “bile negra”.
    Bjo e obrigada pela correção.
    bjs,
    Sonia Clra

  4. Paulo octavio almeida disse:

    Apos assistir ao filme achei que o lars von trier “bebeu na fonte” de dois filmes que eu gosto muito, “2001 uma odisseia no espaco” do mestre kubrik forneceu as referencias para o lindo prologo de ” melancolia”…sao elas; a musica classica , sequencias em camera lenta , imagens de planetas no espaco. Impossivel nao fazer a conexao entre os prologos e na minha opiniao melhor resolvido pelo mestre kubrik com a transposicao osso/arma versus nave espacial . O discipulo trier utilizou o prologo para fazer um ” the best of the movie you are about to see” ; ja a segunda referencia vem do mestre spielberg em ” A.i. Inteligencia artificial” com o balao em formato de lua do cacador de meccas( robots), ao visualizar o balao ( que se aproxima da terra com as crateras bem visiveis) o robot/jude law diz: e a morte! Gostei muito do filme do lars von trier

    • Eleonora Rosset disse:

      Paulo Octavio querido,
      Saudades das nossas sessões históricas na Mostra…
      Belas associações vc fez do Von Triers com outros mestres. A linguagem do cinema pede citações e é tão gostoso qdo relembramos uma cena por causa de outra que estamos vendo!
      Bjs

  5. o texto ta incrível.
    só existem dois probleminhas, o movimento que von trier não se chama dogma, mas sim “dogma 95”, foi fundado em 1995 com a perspectiva de restaurar o cinema e volta-lo para as artes de novo, torna-lo menos comercial e industrial, felizmente sir von trier conseguiu e só faz filmes recheados de filosofia e niilismo.

    e o outro probleminha é mais pessoal, von trier apenas ironizou sobre hitler, o humor do diretor é extremamente ácido, as pessoas apenas não entenderam isso e poucos jornais publicaram o que foi dito de verdade.

    to ansioso, como qualquer fã do von trier, pra ver, pena que não exibirão nos cinemas daqui e eu vou ter de baixa-lo.

    quero voltar no seu site mais vezes, fiquei bem surpreso (:

    xxx.

    • Eleonora Rosset disse:

      Alisson,
      Desculpe eu pular o seu comentário. Estou respondendo pelo IPhone e a tela pequena me enganou…
      Gostei do que vc disse. Obrigada por explicar melhor o Movimento Dogma para as pessoas que não sabiam. Erro meu não ser mais explícita. Mas vc me ajudou.
      Concordo tb que Lars Von Trier tem um humor sarcástico que pouca gente entende. E a imprensa não colaborou, tirando as frases do contexto. Mas a verdade é que, qdo a gente fala em público, devemos nos responsabilizar pelo que dizemos e aguentar as consequências, não é mesmo?
      Volte sp com comentários e me corrigindo qdo for preciso.
      Melancholia é um filme sublime! Nisso estamos de acordo.
      Bjs
      Bjs
      ,

  6. arlan disse:

    gosto muito de vc acho vc atraente e linda sou seu admirador e ao mesmo tempo seu fã .bjs espero um dia lhe conhecer pessoalmente…..

    • Eleonora Rosset disse:

      Arlan,
      Obrigada! É sp bom a gente saber que causa uma boa impressão. Sou fã e admiro pessoas tb e por isso agradeço vc declarar isso públicamente.
      Volte sp ao meu blog e faça comentários pq isso é uma maneira de estarmos próximos.
      Bjs

  7. lucinha disse:

    É muito interessante ler sua opinião sobre um filme antes de ve-lo , e ir prepara . Estou aproveitando muito mais minhas sessões de cinema .

  8. Helena Ribeiro dos santos disse:

    Parabéns!!! Melancolia foi um dos melhores filmes que eu já vi. é lindo e mexeu demais comigo. Seu texto esta fantastico e eu virei sua fã de carteirinha!!!
    Morte em Veneza é o meu preferido tb. Bjos Heleninha

    • Eleonora Rosset disse:

      Heleninha querida,
      Ter fãs do seu calibre me enche de prazer!
      Qto mais que parece que temos o mesmo BOM gosto em cinema!
      Apareça sp pra me dar as suas opiniões,tá? Bjs

  9. Eleonora
    Imagino o trabalho que lhe deu fazer essa brilhante síntese de um filme tão denso e imenso como o Universo que habitamos, que nos acolhe e também nos ameaça. Assim como o de selecionar palavras e imagens, poucas, mas que exprimissem muito. Vc conseguiu, como sempre, e nos conduz nessa “caverna milagrosa” do cinema, neste caso, do Lars Von Trier.

    Eu já não consegui me segurar e aí adentrei nessa “cabana” proposta pelo Lars c/ esse comentário longo. Desculpe!

    Dando uma de cientista amador e amalucado, – não esquecendo dessa premisssa, por favor! – diria que MELANCHOLIA já é um velho conhecido nosso nesse imenso Cosmos, desde o Big Bang e pelo que seja possível prescrutar, de novo aconteeu no tempo dos gigantes Dinos.

    Quem sabe com aquele “corpo celeste MELANCHOLIA” não acabamos migrando para essas paragens, chamada planeta Terra. Reles micro organismos, nos levantamos c/ um osso em riste e tomamos posse desse espaço. Nessa condição “melancólica” nos alternamos entre o deslumbre e a ameaça das vindas e idas de nossos momentos diários. E aí aparecem no filme os vários personagens nossos. Destacando dois, porque os demais, por serem os protagonistas, estão bem em evidência na história.

    O pai (John Hurt) que sabia destacar a beleza das pessoas (na filha), tinha o humor necessário à Vida (as “surrupiadas” das colheres), sabia se cercar de situações agradáveis (simbolizado nas suas “Margaridas”(!), e sabendo se furtar c/ discrição, elegância e sabedoria de situações problemáticas (deixando o bilhete de despedida pra filha).
    Ele, por isso tudo, uma companhia desejada.

    A mãe, (Charlotte Rampling), descrente, fria, mal humorada, ranzinza, capitalizando um sentimento monocórdio da Vida.
    Ela, por isso tudo, uma companhia rejeitada.

    Personagens que podemos optar como parceiros de nosso caminhar. Como cantava Gonzaguinha: “cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é.”

    O filme MELANCOLIA, como criação, produção e edição tem muitíssimas nuances, já observadas tão sutilmente p/ vc, Eleonora e nos comentários de seus “seguidores(as)” e que podem ser descobertas e ampliadas revendo o filme.

    Exemplos, a sensibilidade da música de Wagner; o silêncio inquietante e rumoroso de “Melancholia”, tanto o externo quanto o interno.

    Os simbolismos: um deles, em particular, o universo de Justine, encerrada na imensa propriedade não conseguindo ultrapassar os limites da ponte na direção do povoado.

    É interessante observar as “presenças-ausentes” de alguns personagens coadjuvantes, como o garçom que é provocado pelo pai no banquete, o motorista manobrando a limosine.

    Esta máquina também deve ter um simbolismo com sua inadequação àquela estrada estreita e por isso mesmo hostil.

    Os visuais: além da beleza das imagens anunciadas em sloan motion, dois deles especialíssimos entre tantos. UM, é o corpo de Justine deslizando pelo rio, deixando fluir a emanação da fonte da Vida em direção ao inevitável e ao amplo “oceano” e, OUTRO ela “vestida” como “nas origens do paraíso”, como que revisitando sob a luz do(s) planeta(s), quem sabe, suas velhas melancolias.

    Não lembro onde, li de um autor, que se não fosse de séculos passados, até teria entitulado seu texto como os best sellers nos dias de hoje: “três coisas que vc deveria fazer antes de morrer (colisão):
    “Um banho de sol, um banho de mar e um banho de lua, como antes do advento das folhas “melancólicas” de figueira!”

    E por aí seguem os simbolismos desse filme obrigatório de ser visto, inesgotáveis a serem desvendados ou deslindados, como: o poder das mãos (os raios de Justine); a cabana (unindo o elemento externo natural, a madeira, e o interno, a imaginação).

    Assim como a riqueza dos personagens mais próximos de Justine: o garoto, o marido e seu cunhado. Sem acrescentar mais nada ao que já foi “dito” sobre a irmã. Uma riqueza de significados citados aqui no seu “Psicanalista vai ao Cinema”.

    Embora dura, fico c/ a frase da mãe de Justine ao brindar os noivos: “só tenho algo a dizer: aproveitem enquanto durar.” Porque os impactos continuarão em escala individual no dia a dia de nossa existência, até a escala final, com a visita de nossa Morte que nos ajudará a transpor “a ponte” dessa Vida. Para os que ficarem, os “zilhões” de anos até as próximas colisões, ad eternum! e, quem sabe, evoluções; Se existirem, que sejam melhores!

    Como seria ótimo e esperançoso se pudéssemos afirmar:
    “quem NÃO viver,…verá!!”
    Que certamente será o caso de nós todos. Mas não vamos nos preocupar que AINDA teremos MUITO o que VIVER!

    bjs…(e podem puxar minhas orelhas!…palmatórias, não, please!!!)

  10. Eleonora Rosset disse:

    Wilson querido,
    Deu pra perceber que vc adorou o filme e saboreou o meu texto.
    Acho que houve um contágio produtivo e você não deixou pedra sobre pedra!Esmiuçou detalhes que ninguém havia levantado, com graça e talento.
    Volte sempre para nos enriquecer com o seu comentário gostoso de ler.
    Bjs

  11. Agradecendo seu incentivo, lembrei-me “de uma pedra”, Eleonora, que deixei pra trás; veja(m) se cabe ainda nesse mosaico.
    O cunhado de Justine (Kief), articulado, seguro, conhecedor “da matéria”, seguro na sua ciência de que nada poderia dar errado, estimulador para com o sobrinho e preocupado c/ a insegurança e fragilidade da mulher. E aí? Percebendo o movimento bumerangue do Melancholia,…”se colide” antes do desastre.
    As irmãs, com suas várias expressões de melancolias, se refugiam com o futuro, na pessoa do garoto, numa tenda mágica para enfrentar a colisão da melhor forma possível. Na esperança que essa caverna, em forma de foguete, possa salvá-las e, quem sabe, remetê-las a outra realidade. Talvez, menos certezas e um pouco mais magias, não nos deixe mais serenos para “o que der e vier”.

  12. Eleonora Rosset disse:

    Wilson,
    Certezas nos levam a um caminho conhecido. Em situações extremas talvez o melhor é deixar-se levar pela coragem do coração, como fazem as irmãs.
    Lembro sp do pulo em Auckland. O corpo experimentando uma coisa e o cérebro reagindo diferente. Me enriqueci.
    Bjs

  13. Carla Pestana disse:

    Eleonora querida
    Você tem os melhores comentários, e uma percepção fascinante para compreender a essência dos filmes, parabéns.

  14. Cláudio Curi disse:

    Eleonora, adorei este filme, estou sob o impacto dele até hoje. Muito bons os seus comentários. Melancholia teria faturado Cannes facilmente, se não fossem as declarações infelizes de seu diretor.
    Morte em Veneza é também um dos filmes da minha vida. Dê uma olhada nos comentários sobre êle em meu blog:
    http://tododiaumfilme.blog.com/
    Bjs.

  15. Ivan Zegales disse:

    Olá! Conheci seu blog depois da entrevista em “Começando o dia” na Cultura FM com o Alexandre Machado, considero que já na entrevista gostei muito do que ouvi e depois de ler o texto de Melancolia, que foi o filme que vi ontem, gostei mais ainda. Agora tens mais um leitor, e gostei muito de saber de mais detalhes do filme e de toda a riqueza de conhecimento se esbanja no texto, que bacana!

  16. Suzete Martins disse:

    Depois de ler seu texto consegui assentar as compreensões que tive do filme. Obrigada

  17. CharlesHon disse:

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