Memórias de uma Gueixa

“Memórias de uma Gueixa”- “Memoirs of a Gueixa”, França, Japão, Estados Unidos, 2005

Direção: Rob Marshall

Uma violenta tempestade cai sobre a vila de pescadores. Altas ondas se quebram com estrondo nas rochas. Um deles, num casebre, vela pela esposa próxima da morte. Não tem outra saída. Vai vender as filhas para que não morram de fome. As duas meninas choram, mas são arrastadas para o trem e vendidas em Kyoto.

“Eu não nasci para ser uma gueixa, mas a correnteza me levou”, conta em “off” uma delas e pela voz deduzimos que muito tempo se passou. Ela vai contar sua história que começa em 1929.

Chiyo (Suzuka Ohjo) é a mais nova das irmãs e tem 9 anos. É vendida para uma casa de gueixas onde irá trabalhar e, se for elegante o bastante, se tornará gueixa, para servir à clientela da casa. A irmã mais velha é vendida diretamente para a prostituição.

Beleza, volúpia exotismo, sedução, desfilam em cenários iluminados por lamparinas. Brilham as sedas, os adereços dos cabelos e a fumaça dos cigarros preenche o espaço com espelhos.

Isso vai encantar os olhos dos espectadores. A adaptação do livro de Arthur Golden mereceu 3 Oscars: figurinos, fotografia e direção de arte.

Estamos numa casa de gueixas, onde passam as cenas da educação sofrida de Chiyo. Ela trabalha como escrava na casa de Mamãe (Koori Momoi) e a gueixa da casa é a linda e pérfida Hatsumomo (Gong Li, mais bela do que nunca).

A menina trabalha sem descanso. Procura a irmã, mas não a encontra.

Um dia Chiyo olhava o rio da ponte, melancólica, quando o “Presidente”, rico homem de negócios, se acerca e comenta “os olhos de chuva” da menina. Ela se encanta com aquele homem que a trata tão bem e guarda o lenço dele como um talismã.  Será o seu amor secreto para sempre.

Crescendo em beleza e graça, ela é comprada de Mamãe por Mameha (Michelle Yeoh, belíssima) e torna-se Sayuri (Ziyi Zhang, uma estrela chinesa), que será mais tarde a gueixa mais famosa de todo o reino.

A história continua com cenas magníficas como a da dança de Sayuri, o festival da primavera com as cerejeiras em flor e haverá um tom amargo quando da Segunda Guerra. Japão derrotado vê a invasão dos soldados americanos que não entendem nada sobre aquele mundo tradicional e humilhado. Empobrecido.

“Memórias de uma Gueixa”, contada pela mais bonita e sedutora dentre elas, assim explica:

“Gueixas não são cortesãs nem esposas. Criam um mundo secreto de beleza. Ser gueixa é ser uma artista”.

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