O Brutalista

“O Brutalista”- “The Brutalist”, Reino Unido, Canadá, Estados Unidos, 2024

Direção: Brady Corbet

A estátua da Liberdade aparece em cortes, ao som de uma música atordoante. O arquiteto judeu Lazlo Toh chega de navio em Nova York , em 1937, vindo de Budapeste, na Hungria. Eufórico, abraça o primo. A enorme estátua parece voar sobre eles.

O arquiteto era sobrevivente dos campos de concentração na Europa. A liberdade recuperada enche seu peito de esperança. Pensa que um novo lar o espera. Mas nada será como ele sonha.

Ele abraçou o “Brutalismo”, ramo do modernismo em arquitetura que influenciou a arte do pós guerra, de 1950 a1970, trabalhando materiais como o concreto bruto e o aço.

O personagem, interpretado por Adrien Brody, era formado pela famosa escola Bauhaus e conjugava os ideais de força e resistência em suas criações. O estilo escolhido transmite o que se passava com o povo judeu, que sofrera tanto com a Segunda Guerra e agora emigrava para a América. Esperavam entrar num paraíso. Mas, na verdade, tais sonhos desmoronavam.

Convidado a projetar um centro comunitário cristão pelo milionário local, Lee von Buren (Guy Pearce) ele o faz mas começa a sofrer pressões. Sua mulher (Felicity Jones) e a sobrinha são resgatadas  e chegam da Europa. Mas a megalomania do milionário não o deixa trabalhar como queria.

Brady Corbet, o mais jovem diretor a ser indicado para o Oscar nos brinda com formas e cores fantásticas. Um cinema épico.

Seu filme foi indicado a dez Oscars: Melhor filme, melhor diretor, melhor ator (Adrien Brody), melhor atriz coadjuvante ( Felicity Jones), melhor ator coadjuvante (Guy Pearce), roteiro original, direção de arte, trilha sonora, fotografia e montagem.

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