O Espetacular Homem Aranha

“O Espetacular Homem Aranha”- “The Amazing Spider Man”, Estados Unidos, 2012

Direção: Mark Webb

“Quem sou eu?”
Essa é a pergunta que Peter Parker se faz desde aquela noite triste e inesquecível. O escritório do pai cientista vandalizado, ele recolhendo papéis de um lugar secreto, apagando seus últimos cálculos da lousa e, com o filho e sua mãe assustada, deixando a casa às pressas.
Na casa do tio Ben e da tia Amy, aquelas palavras difíceis de ouvir:
“Você vai ficar aqui.  Comporte-se meu filho.”
E ele nunca mais viu seu pai e sua mãe. Tinha pouco mais de 6 anos.
Cresceu tímido mas uma qualidade o distinguia dos outros meninos do colégio. Ele sempre protegia os mais fracos.
E foi assim que se aproximou de Gwen. Depois daquela briga com Flash, o garoto atrevido que liderava a turma da baderna, zoneando um garoto menor que eles.
Sempre com seu skate a tiracolo e a máquina fotográfica , Peter Parker (Andrew Garfield, convincente e comovente) se encanta com aquela mocinha bela, simpática e segura de si (Emma Stone), que o olha com seus olhos azuis sorridentes.
Como vocês podem ver, a história do Homem Aranha é contada agora de um modo diferente da versão de 2002.
O que vai ser o foco da trama é a procura de si mesmo. “O quem sou eu” é a pergunta que Peter Parker vive se fazendo, antes mesmo de ser mordido pela famosa aranha e desenvolver características de força e equilíbrio aracnídeos.
Ele é um garoto bom, tem princípios e não se conforma com a perseguição da policia e a ideia de ser um criminoso. Ele se vê como sempre foi: um vigilante do bem.
Obedecer ao pai desaparecido, exercer a responsabilidade de que ele tanto falava, mantinha o pai vivo em sua mente, fiel à promessa que fizera a ele.
Apesar do carinho do tio Ben (Martin Sheen, ótimo) e da tia Amy (Sally Fields), ele não se cansa de procurar investigar porque o pai desapareceu.
Quem o escuta e aconselha é Gwen, que ele visita entrando pela janela do seu quarto.
O passeio noturno através das luzes de Nova Iorque no balanço das teias que o Aranha vai tecendo, embala os dois num doce romance, criado pelo diretor Mark Webb, em seu segundo longa. Quem já viu “500 Dias com Ela”- “(500) Days of Summer” de 2009, sabe que para Webb a adolescência é o lugar privilegiado do romance e da busca de identidade.
E são essas características que fazem o personagem dos quadrinhos se tornar simpático para as plateias e por isso estar batendo recordes de bilheteria por onde passa.
Afinal ele é o único super-heroi que é humano, jovem e romântico. A aranha só dá mais charme e força ao garoto.
As lutas do final do filme agradam a quem gosta de ação e o 3D é usado para dar um frio na barriga da gente cada vez que ele dá um pulo no escuro.
Não percam a cena surpresa final, depois dos créditos, onde se pode adivinhar que, na sequência, grandes desafios esperam o Homem Aranha que tem verdadeira adoração pelo pai desaparecido.
O filme é um espetáculo mesmo para quem não tem especial predileção por filmes de super-herois.
O Homem Aranha comove. E isso é uma novidade bem-vinda nesse gênero de filme.

Este post tem 0 Comentários

  1. Luiz Roberto de Paula Dias disse:

    Ótimo Eleonora, pelos seus cometários,, além da ação que caracterizou os outros filmes, esse tem ótimos ingredientes com uma boa direção e mais sensibilidade, sem contar claro, com os avanços tecnológicos em 3D, irei vê-lo, depois te conto o que achei, bjs

    • Eleonora Rosset disse:

      Luiz Roberto querido,
      Vai mesmo! O Homem Aranha agora é um moleque que gosta de skate e enfrenta os grandões para salvar os meninos mais fracos na escola. E se apaixona por uma garota simpática e bonita.
      Mas vive preocupado com o desaparecimento do pai…E cheio de culpa pq foi abandonado.Isso acontece sp com crianças abandonadas. Pensam que foi pq fizeram algo errado…
      Não se esqueçade ver a cena surpresa depois dos créditos finais! E me conta. Bjs

  2. Luiz Roberto de Paula Dias disse:

    Acabei de ver em 3D Eleonora, o que realmente deve fazer muita diferença,eu gostei bastante, fugiu ao esteriótipo dos filmes do genero, você havia já colocado isso em sua crítica muito bem. O começo do filme, que dá uam sensação de morosidade ao mesmo, é básco para o desenrolar da trama a seguir; gostei imensamente da nova namorada do Homem Aranha(Emma Stome), e os demais atores, que compões o espetáculo, valeu muito a pena a sua indicação, e claro à espera do II, rsrs, obrigado, bjs

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