Oscar 2013

Claro que eu vi o tapete vermelho.

Para mim a mais bonita era Jessica Chastain que parecia uma visão num vestido “nude”, Armani Privé, todo bordado com inspiração art-deco, cabelos vermelhos voando quando ela andava, mostrando os brincos de brilhantes magníficos.

A mulher de Ben Affleck portava um colar de brilhantes deslumbrante e um Gucci com “volants” nas costas. Um casal bonito e feliz.

Charlize Teron era uma deusa grega num Dior branco alta costura, também com cauda.

Aliás, todas tinham vestidos com cauda e quase todas escolheram um decote tomara-que-caia.

Jane Fonda arrasou com um vestido amarelo que mostrava sua silhueta perfeita aos 74 anos.

Bem, a cerimônia começou um pouco chata com piadas de mau gosto e Seth McFarlane se esforçando para agradar. Melhorou quando Charlize Teron dançou “The Way You Look Tonight” e piorou quando o apresentador bancou o engraçadinho com Sally Fields. Melhorou com uns fantoches imitando Denzel Washington em “O Vôo”.

E só começou mesmo quando Octavia Spencer anunciou o melhor ator coadjuvante: Christoph Waltz, de “Django Livre”, o ator preferido de Tarantino.

Vieram prêmios menores para curta de animação para “Paperman”, longa de animação para “Valente”.

A atriz mais jovem da história do Oscar é mostrada na tela. Quvenzhané dá tchauzinho. Muito fofa com a bolsinha de cachorro.

Outro momento “mico” acontece quando o apresentador joga uma garrafinha de whiskey para George Clooney.

Os atores de “Vingadores” apresentam o prêmio de melhor fotografia que vai para “As Aventuras de Pi”. Outro ainda, efeitos especiais também para “Pi”.

“Anna Karenina” ganha melhor figurino e “Os Miseráveis” maquiagem e cabelo.

Homenagem a 007. Halley Berry, que já foi Bondgirl, apresenta Shirley Bassey cantando “Goldfinger”.

A dupla romântica de “Django” anuncia o melhor curta de ficção, “Curfew”.

Ben Affleck entrega o prêmio de melhor documentário para o favorito “Searching for Sugarman”. E Michael Haneke recebe o Oscar de melhor filme estrangeiro para “Amour”. Na plateia, fazendo 86 anos hoje, Emanuelle Riva.

Catherine Zeta-Jones canta e dança “All That Jazz” do musical e filme “Chicago”, bela e talentosa.

Mas o melhor momento musical foi o elenco de “Os Miseráveis” cantando músicas do filme. Hugh Jackman e Anne Hattaway deram show.Aplaudidíssimos.

Mark Walberg entra com o urso de “Ted” e dá-lhe mais piadas sem graça.

“Os Miseráveis” ganha melhor mixagem de som, merecidíssimo. E “A Hora Mais Escura” e “Skyfall” empatam na melhor edição de som.

Anne Hattaway ganhou seu Oscar das mãos de Christopher Plummer, com o Prada rosa e um colar lindo emoldurando seu rosto expressivo. Ela levou todos os prêmios de melhor atriz coadjuvante por sua Fantine.

Sandra Bullock entrega Oscar de melhor montagem para “Argo” e Adele canta a canção que ela compôs para “Skyfall”.

Os cenários eram sempre de muitas luzes e cristais Swarovski.

Direção de arte foi o Oscar de “Lincoln”.

Selma Hayeck de veludo negro apresenta Oscars honorários e George Clooney anuncia o “in memoriam”.

A surpresa foi Barbara Streisand cantando “The Way We Were”, homenageando o compositor morto.

O elenco de “Chicago” dá para “Pi” o prêmio de melhor trilha sonora de Michael Danna.

E o Oscar de melhor canção vai mesmo para Adele, a favorita.

“Argo” ganha o melhor roteiro adaptado de Dustin Hofman e Charlize Teron. Roteiro original vai para Tarantino por “Django Livre”.

Para mim, a maior justiça que a Academia fez foi votar em Ang Lee como o melhor diretor por “As Aventuras de Pi”, um filme mágico. Jane Fonda e Michael Douglas entregaram o Oscar ao diretor que foi aplaudido de pé.

Entra Jean Dujardin e entrega a Jennifer Lawrence seu prêmio de melhor atriz. Ela caiu na escada de acesso ao palco, atrapalhada para andar com seu lindo vestido Dior.

E Meryl Streep dá o Oscar de melhor ator a Daniel Day Lewis, por “Lincoln”, favorito e merecido.

E para o final ficou reservada a verdadeira surpresa da noite. Jack Nicholson chama a Casa Branca e ninguém menos do que Michelle Obama abre o envelope com o nome do grande vencedor da noite: “Argo”!

Linda e muito bem vestida, a primeira dama foi a resposta do Oscar ao Bill Clinton do Golden Globe. Ponto para o cinema que conseguiu ter uma bela safra de filmes em 2012.

 

Este post tem 0 Comentários

  1. Victoria Béjar disse:

    Eleonora querida,

    Assisti a cerimonia do Oscar e concordo com seus comentarios na magnifica sintese que enviou.

    bjs carinhosos

    • Eleonora Rosset disse:

      Vic querida,
      Vc sabe como eu gosto de cinema e o Oscar é uma tradição e um ritual que todo ano acontece de novo.
      Agora , com o blog ficou tb um desafio. Postei on line o tempo todo, fotografando os prêmiados e os apresentadores ao vivo na TV.
      E depois ainda fui ao computador para fazer o texto e postar.
      Sonhei a noite inteira com o Oscar!
      Valeu!
      Ang Lee, Anne Hathaway, Daniel Day Lewis e Amour! O máximo!
      Bjs

  2. Marco Antonio disse:

    Eleonora

    O que mais acho divertido no Oscar é o Red Carpet.
    Como acompanhei as outras premiações, deu para ver que a maioria das atrizes, deu uma caprichada a mais.Não entendo de moda, mas algumas pisaram na bola,tipo a Halle Barry ou a Jenifer Hudson.Mas a maioria estava muito bonita.Achei a Emanuelle Riva tão bonitinha!!!!
    E para a Jane Fonda parece que o tempo não passa.
    Achei muito legal tb a homenagem ao James Bond e nos seus mais de 70 anos a diva Shirley Bassey arrasou.
    Vc não achou que a academia deu uma esnobada do Spielberg?? Eu adoro o Ang Lee, mas achei que em termos de direção o Spielberg fez mais.Tô errado?
    Em fim a academia ter esnobado o Ben Affleck,só acabou ajudando Argo, não é?
    abração
    Marco

    • Eleonora Rosset disse:

      Marco querido,
      Vc tem razão. Elas capricharam e deixaram aqueles decotões de lado, preferindo ser mais elegantes! Acho ótimo pq as mocinhas do mundo todo vão poder escolher entre periguete e elegante. O tapete vermelho é uma aula de moda ao vivo!
      Qto a Spielberg, não posso dizer que não gostei de Lincoln, uma verdadeira lição de História com direção de arte perfeita e Daniel Day-Lewis, um ator paranormal. Os Oscars
      premiaram isso que está no filme.
      Mas o ano era de Ben Affleck que já tinha ganhado Oscar de roteiro para Mente Brilhante. Ele ganhou todos os premios dos sindicatos e o Golden Globe, natural que ganhasse o melhor filme.
      Para minha surpresa Ang Lee tirou o Oscar de Spielberg! Adorei pq Pi é um filme encantador com cenas mágicas!
      Obrigada pelo comentário valioso!
      Bjs

  3. O Zé Simão diz que quem aguenta ficar acordado até o melhor ator deveria ganhar um Oscar.
    E vc q além de ficar acordada, ainda escreve um texto tão detalhado de tudo, merece o quê, hein?
    Dá gosto de ver tanta paixão.
    Parabéns.

    • Eleonora Rosset disse:

      Sylvia querida,
      Nem sei o que eu mereço… Mas é um vicio antigo. No dia seguinte as olheiras estão no pé… Mas me dá prazer ver aquelas pessoas que se empenharam tanto para conseguir agradar o público , felizes pq conseguiram ser reconhecidas.
      Sou daquelas que batem muita palma em teatro e concerto e fico com pena que no Brasil não aplaudam cinema. Mas, mesmo que aplaudissem, eles não iriam ouvir…
      Então o Oscar é essa consagração que o ator de cinema espera, como todo mundo!
      É uma homenagem a eles. E vc sabe como gosto de cinema!
      Bjs

  4. mARCIA disse:

    Achei tremendamente injusto a entrega do Oscar
    assim como o filme Argo, nao éh para se ganhar Oscar, o filme interessante, mas tipico de sessao coruja da Globo.
    Pecaram em nao indicarem filme estrangeiro “O Intoucable”….esse sim era filme p se concorrer ao Oscar e nao o depressivo tambem frances “Amour”
    tudo muito politico.assim como Michelle Obama,filmes interessantes mas nao p concorrer a categoria do Oscar..foi bem fraco
    os trajes maravilhosos como todo ano….mas so isso…..

    • Eleonora Rosset disse:

      Marcia querida,
      Gosto não se discute. Vc tem a sua opinião e os membros da Academia que votaram no Oscar tem cada um a sua. Se foi tudo democrático, como afirmam, ganhou quem agradou a mais gente. Simples assim.
      Havia nesse ano vários filmes americanos com posição política. Ganhou um deles? Não sei. Gostei de ” Argo” desde que vi o filme no ano passado. Não é um filme de grande orçamento mas tem uma história real fascinante. E ótimos atores. Essa idéia de que só um filme extraordinário ganha Oscar, não é verdade. Como quem escolhe trabalha na indústria do cinema, há um interesse em premiar boas bilheterias. E não vejo mal nisso.
      Meu filme preferido esse ano foi ” Amour”. Adorei ” Intocáveis” mas acho “Amour” um filme sb um assunto tabú que deve ser trazido à tona e discutido.
      Além disso, Michael Haneke é um grande realizador de filmes sérios e polêmicos. Faz mt a minha cabeça.
      Mas respeito a sua opinião e achei bom vc falar sb isso aqui, um espaço para quem quiser conversar comigo e dizer o que pensa.
      Bjs

  5. theodore disse:

    Cafona, cafona, cafona… O que mais se pode dizer daquela gentalha com roupa alugada?? O Oscar surgiu como uma premiação dos grandes estudios, que promoviam seus grandes titulos e criavam com premios uma expectativa no publico: ou seja, um bem bolado golpe de marketing. Passados 85 anos, e é a mesmissima coisa: vamos premiar bilheteria, talento é algo que não nos interessa, e vende pouco (é necessario um publico de nivel informativo mais apurado, e nos dias de hoje…), então temos que aturar filmes como “As Aventuras de Pi”, uma miscelanea pseudo-mistica de auto ajuda aonde fica impossivel reconhecer o diretor talentoso que é Ang Lee (durante o filme, senti vergonha alheia por ele, só salva o tigre digital, pela beleza e por ter de aturar aquele coió indiano…)e uma starlet sem categoria como Jennifer Lawrence serem premiados. Os unicos premios justos, em minha humilde opinião, foram para Daniel Day Lewis e seu magnifico Lincoln, para Adele, que criou um tema espetacular para “Skyfall” e “Amour”, talvez o melhor filme de todos os mencionados (uma infeliz comentou que “Intocaveis”, essa porcaria que nivela por baixo a burrice, o que ja é coisa bem dificil, mas agrada aos que acham Vivalvi e Polock uma chatice, é melhor que o “depressivo” “Amour”??ahahahahahah). Brilhou como um cometa dos tempos dourados a aparição de Shirley Bassey cantando “Goldfinger”, em contraste com o pavor de cafonice e chatura que foi o elenco dessa tragédia fraudulenta que é o trash-musical “Os Miseraveis” (alguém precisa nos livrar de Anne Hathaway, a atriz mais chata desde Greer Garson..). Quanto a Emmanuele Riva, ela esta bem acompanhada: gente como Alfred Hitchcock, Greta Garbo e Marilyn Monroe nunca ganharam um Oscar por indicações, e são o que são: selos mitológicos do cinema. Mas como disse bem o critico Inacio Araujo: “…aquela gente toda reunida ali não fazia a menor idéia de quem era aquela velhota…” O que sobra do Oscar é o que se vê: arrivismo e cafonice (existe um filme chamado “California Suite”, são varias estórias, uma delas é de uma atriz inglesa indicada ao Oscar que vem para a premiação em LA, ela é interpretada pela primorosa Maggie Smith, e é a ultima palavra sobre essa cerimonia!!..). Mas tem quem gosta, e acredita…

  6. theodore disse:

    Uma correção: um erro de digitação no grandioso nome de Vivaldi, mas a respeito de “Intocaveis” gostaria de acrescentar o seguinte: esse é um dos filmes mais mal intencionados a que assisti nos ultimos tempos, de um reducionismo absurdo, traduzido em preconceitos culturais imperdoaveis: Vivaldi não é decididamente musica de espera telefonica e a arte abstrata possui uma historia de evolução da percepção e realização plastica na arte humana, e desconhecer ou desprezar esse classicismo centenario não faz ninguem feliz e muito menos mais adaptavel. Quem não entende isso deve realizar urgentemente uma ressonancia magnetica do cerebro, e logicamente voltar para a escola.

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