Questão de Tempo

“Questão de Tempo”- “About Time”, Reino Unido, 2013

Direção: Richard Curtis

Somos prisioneiros do tempo, uma dimensão intocável. Mas quem nunca sonhou em voltar atrás e consertar algo que deu errado? Ou reviver aquele momento precioso?

Richard Curtis (“Quatro Casamentos e um Funeral”, “Notting Hill”, “Diário de Bridget Jones”) é um diretor e roteirista de mão cheia. Sabe como poucos prender o público na história que conta.

Aqui, em “Questão de Tempo”, Tim (Domhnall Gleason), um jovem de 18 anos, recebe com surpresa e incredulidade uma notícia dada pelo pai (Bill Nighy).

A sós, no escritório do pai na linda casa à beira mar, fica sabendo que os homens de sua família tem o dom de poder voltar ao passado e reviver certos momentos que foram muito agradáveis ou mudar os que foram mal vividos.

Na primeira vez que Tim usa o poder secreto que acabara de descobrir, as coisas não correm tão bem. Leva um fora daquela que o encantou durante todo o verão.

Mas quando vai para Londres exercer o seu ofício de advogado, vai conhecer Mary (Rachel McAdams) e apaixonar-se perdidamente. Com ela ele terá que usar o poder de voltar ao passado muitas vezes, aprendendo assim a ser mais seguro de si e criativo.

Esta é uma comédia romântica inteligente e gostosa de se ver. Muito acima das historinhas bobas de sempre. Há novidade aqui e interpretações à altura do texto.

Alem disso, há um clima de simpatia que envolve os protagonistas. Gleason, ruivo e com um rosto expressivo, é um homem atraente e meigo. Tim, seu personagem, valoriza o amor e vive para as pessoas que ama.

Assim também é a Mary de Rachel McAdams que tem um rosto que encanta e consegue passar sempre muita graça no que diz e faz.

A relação pai e filho é tudo que um menino quer viver. Um pai super simpático e carinhoso, com um jeito maravilhoso de ensinar lições de vida para seu filho. Um dos pontos altos do filme, a presença de Bill Nighy como o pai é calorosa e atenta, fazendo passar para Tim que o dom que ele tem pode ser muito bem usado ou não. E admite que erros acontecem com todo mundo. O interessante do dom da família é poder aprender com a experiência repetida. Assim como na vida.

Enfim, “Questão de Tempo” é um filme que emociona e também diverte, com uma história e cenários que não deixam ninguém se entediar.

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