Refém da Paixão

“Refém da Paixão”- “Labor Day”, Estados Unidos, 2013

Direção: Jason Reitman

Um bom romance com toques de intensa sensualidade é o que vamos ver em “Refém da Paixão”. Se você gosta, vai deleitar-se. 

A narração da história, baseada no livro de Joyce Mainard, “O Fim do Verão”, é feita por um homem (Tobey Maguire) que relembra o que aconteceu no feriado de “Labor Day”, título original do filme.

Ele era um menino (Gaflin Griffith) em 1987 e, na quinta feira que antecede o feriado, insiste com a mãe (Kate Winslet, indicada ao Globo de Ouro pelo papel), para ir com ele ao supermercado.

Fazia calor, era setembro e as aulas iriam recomeçar logo depois do fim de semana prolongado pelo feriado.

Mãe e filho moravam numa casa que precisava de reparos e pintura. O jardim mal cuidado, era outro sinal de que ninguém ali se ocupava com o serviço que, normalmente, um homem faz.

O pai (Clark Gregg) fazia falta naquela casa. A separação deixara mãe e filho órfãos.

Adele, mãe de Henry, estava claramente deprimida. Despenteada, pálida, sem um pingo de maquiagem, ela raramente saia de casa.

Por isso, quando ela aceita ir ao supermercado com o filho (inclusive porque notara que ele precisava de roupas novas já que tinha crescido, sem ela perceber), Henry sente-se aliviado. Afinal, ele, que tenta cuidar da mãe, vê com preocupação seu ar desnorteado e o desmazelo. Nega-se, inclusive, a ir morar com o pai e a nova família dele:

“- Preciso cuidar dela, pai. Acho que ela está pior…”

Mas, naquele dia, a ida ao supermercado não ia ser como das outras vezes.

Henry olha as revistas femininas expostas, enquanto a mãe se ocupa com as roupas novas para ele. Um título chama sua atenção: “O que os homens precisam saber”. Mas, a presença de uma mulher faz com que encolha a mão que ia pegar a revista.

Ainda envergonhado, é surpreendido pela presença de um homem sangrando:

“- Preciso de ajuda. Será que ela me daria uma carona?”, diz o homem apontando para a mãe de Henry.

“- É minha mãe, Adele.”

Os dois vão até ela:

“- Mãe, este é Frank, precisa de ajuda.”

“- Não vou perturbar. Você vai ter que me ajudar”, e Frank segura com força o pescoço do menino.

Adele, assustada e atrapalhada, leva o homem para sua casa.

“- Não vou mentir. Pulei do segundo andar do hospital onde operaram o meu apêndice. Eu fugi da prisão.”

E aquele homem alto, bonito, forte (Josh Brolin) vai mudar a vida do menino e sua mãe.

Adele vai soltar-se nos braços daquele homem que a faz vibrar com o mero toque de suas mãos.

E Henry vai aproveitar de uma presença masculina na sua vida.

O diretor e roteirista Jason Reitman faz um bom trabalho com Kate Winslet, atriz talentosa e sensível. Ela e Josh Brolin passam para a plateia uma química inegável.

Mas falta algo em “Refém da Paixão”. Talvez ritmo.

O filme é bom para quem não é muito exigente e é romântico.

Este post tem 0 Comentários

Deixe seu comentário

Obter uma imagen no seu comentário!