O Caso Collini

“O Caso Collini”- “Der Fall Collini”, Alemanha, 2019

Direção: Marco Kreuspainter

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O jovem Caspar Leinen (Elyas M’Barek) formou-se em Direito e vai enfrentar seu primeiro caso no tribunal. Ele é novato, não conhece as regras não escritas. Por isso não sabe que foi indicado pela corte para servir como advogado público de defesa em um caso de assassinato.

Quando Caspar fica sabendo quem foi a vítima do crime que ocorreu num hotel elegante, assusta-se. O industrial Hans Meyer não era um desconhecido. No lobby do hotel um italiano de 70 anos, Fabricio Collini (Franco Nero), já tinha confessado a autoria do crime mas se cala sobre o motivo. Seu rosto expressa uma dura determinação.

Outro obstáculo a enfrentar é porque seu antigo professor de Direito Penal é o seu oponente, Richard Mattinger (Heiner Lauterbach), encarregado da acusação.

E, como se não bastasse, a neta da vítima, Johanna (Alexandra Maria Lara), fora sua namorada no passado. Caspar conhecia bem aquela família. Hans Meyer tinha sido um benfeitor para ele.

Mas Caspar estudara Direito porque acreditava que todos mereciam defesa.

O maior obstáculo era o próprio Collini que não abria a boca e s se recusava a ajudar o advogado de defesa. O motivo do crime continuava desconhecido. Caspar precisará mover céus e terra para trazer à tona o  que havia acontecido no passado.

E será que Collini vai falar? É dele a palavra final.

O filme foi adaptado do livro que conta a trama que envolve esse crime. O autor, Ferdinand von Schirach, teve um caso assim na própria família.

O filme é interessante e faz um suspense sobre o passado e o que ocorrera. E vão aparecer testemunhas que ajudarão a esclarecer o segredo guardado a sete chaves.

A história é contada em flashbacks e mostra que a verdade, quando buscada com inteligência e  vontade, pode ser procurada e encontrada.

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A Promessa

“A Promessa”- “The Pledge”, Estados Unidos, 2001

Direção: Sean Penn

A aposentadoria mexe muito com pessoas frágeis que não tem outros projetos de vida, nem família. Sentem-se inúteis. Esse é o começo dessa história que aconteceu com o policial Jerry Black, interpretado pelo magnífico ator que foi Jack Nicholson, tendo ganhado 3 Oscars, hoje com 86 anos, vivendo solitário e apresentando sinais de demência. Não atua mais.

Em “A Promessa” os policiais colegas de Jerry, promovem uma festinha de despedida no dia de sua aposentadoria. Mas ele se mostra tenso, pouco à vontade e com um olhar perdido.

Quando chega a notícia de que durante a noite uma menina tinha sido estuprada e assassinada, ele se ofereceu para levar a notícia terrível aos pais da criança. E na frente deles promete que vai desvendar o crime e encontrar o assassino.

Durante o filme vamos ver essa promessa tornar-se uma obsessão que preenche os dias e as noites do policial. Durante as pescarias no rio, no silêncio da tarde, ele parece preocupado.

Essa procura ao assassino da menina parece ter se tornado sua razão de viver. Talvez isso mostre seus desejos proibidos inconscientes e negados?

Além de Jack Nicholson, o filme tem um elenco de excelentes atores tais como Benício Del Toro, Vanessa Redgrave, Helen Mirren, Robin Wright, Mickey Rourke e Sam Shepard. Esses atores são dirigidos por Sean Penn em pequenas intervenções bem aproveitadas.

O final é diferente dos filmes de serial killer porque aqui o tema sugere que quando uma vida perde o seu sentido, tudo pode acontecer. Inclusive loucura.

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