A Noite do Oscar 2016
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Foi uma noite longa porque o mestre de cerimonias falou muito no começo sobre o boicote dos negros. Mas falou bem. Disse que os afro-americanos estão reclamando do Oscar porque não tem coisa mais importante para reclamar. Na base da piada, mas certíssimo.
E acrescentou que “Hollywood tem um racismo fraternal”!
E começou a premiação com as duplas de atores abrindo o famoso envelope.
O melhor roteiro original foi para “Spotlight”, entregue por Emily Blunt e uma Charlize Theron escultural num vestido vermelho com um profundo decote na frente. Estava linda.
Ryan Gosling e Russell Crowe fizeram umas brincadeiras sem graça e anunciaram o melhor roteiro adaptado que foi para “A Grande Aposta”.
Nem sei quem anunciou porque estava torcendo tanto para ela, Alicia Vikander, num tomara-que-caia amarelo bordado, mais curto na frente e mais comprido atrás. O vestido flutuou em torno a ela, que estava com o pai e a mãe na plateia. Essa menina tem futuro!
Cate Blanchett dá o prêmio de figurinos para “Mad Max – Estrada da Fúria”. Ela parecia uma aparição de tão maravilhosa. Cortou o cabelo e vestia um modelo verde claro de organza com flores aplicadas e algum brilho. Não consegui saber ainda onde foi que ela encontrou essa peça rara… De cair o queixo.
Tina Fay e Steve Carell deram o prêmio de produção de arte para “Mad Max”que conseguiu ganhar quase todos os prêmios técnicos.Cabelo e maquiagem, mixagem de som, edição de som.
Efeitos visuais foi para “Ex-Machina”, um filme muito original que tem Alicia Vikander como um robô de última linhagem, uma replicante de “Blade Runner”.Os Minions deram a “Bear Story”o melhor curta e animação.
E veio a decepção maior da noite porque o favorito que era “Divertida Mente” ganhou o Oscar de Animação que a gente queria que fosse para “O Menino e o Mundo”…
E Patricia Arquette, de óculos bonitos, chama Mark Rylance para o Oscar de melhor ator coadjuvante em “Ponte dos Espiões”. Merecido!
“The Price of Forgiveness” ganha como documentário em curta metragem e melhor documentário longa vai para “Amy”, muito bem feito e dirigido por Asif Kaspadia.
As meninas bandeirantes conseguem vender biscoitos na plateia e arrecadar 65.240,00 dólares. Viva!
É a vez dos Oscar honorários (Gena Rowland) e humanitários (Spike Lee e Debbie Reynolds) e logo vem o discurso da simpática presidente da Academia.
Há a lembrança dos que se foram: Omar Sharif, Ettore Scola, David Bowie e Leonard Nymoy, entre outros.
O curta metragem tem Jacob Tremblay num banquinho para ficar mais alto que o outro que eu esqueci o nome. E o premiado é “Stuterrer”.
Outra deslumbrante da noite, Sofia Vergara e Byong-ong-Lee anunciam o melhor filme estrangeiro: “Filho de Saul”. O favorito. Merecido. Um filme imperdível para quem é forte.
Lady Gaga canta “Till it happens to you” tocando um piano branco e é ovacionada!
Ennio Morricone, do alto dos seus 88 anos, ganha o Oscar pela trilha sonora de “Os oito Odiados”e emociona todo mundo.
E vem os prêmios esperados.
Alejandro González Inárritu é o melhor diretor, Brie Larson num vaporoso vestido azul é a melhor atriz e Julianne Moore, num Chanel negro e perfeito, entrega o de melhor ator para Leonardo DiCaprio, encerrando assim uma espera que atravessou cinco indicações. Afinal! Ele se
superou no papel do sobrevivente em “O Regresso”!
E Morgan Freeman não escondeu o desapontamento e a surpresa ao ler o nome do melhor filme: “Spotlight”.
Eu engoli em seco porque foi muito injusto esse prêmio. Mas, Oscar tem disso… e a gente sempre volta a ver a cada ano que passa!