O que de verdade importa

“O que de verdade importa” – “The Healer”, Espanha, Canadá, Estados Unidos, 2016

Direção: Paco Arango

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Um conto de fadas no século XXI? Somos todos céticos? Não, pois alguns de nós gostamos de pensar em magia para explicar mistérios.

O título original do filme fala de um curandeiro, alguém com capacidade de curar. Esse personagem, rapaz bonito, conquistador e perdulário de repente ouve de um tio afastado (Jonathan Price) que ele herdou um dom que é de família.

Com a promessa do tio de pagar todas as suas dívidas, ele não tem remédio senão partir para o Canadá onde deveria ficar um ano até aceitar e acreditar plenamente nessa novidade.

O par romântico ensaia uma proximidade e nos envolve, com as belas paisagens do Canadá. Ele (Oliver Jackson – Cohen) faz Alec Bailey. Ela (Camilla Luddington) é a adorável Cecilia. Os dois e o cachorro Batman, as ovelhas que seguem Alec e uma menina de 14 anos, fazem a história acontecer.

Aliás um filme que tem romance, criança e cachorro quase sempre agrada a todas as gerações por motivos diferentes. Os adultos recordam sonhos, os adolescentes descobrem o amor e se identificam com os personagens e as crianças aprendem a acreditar na força da fé.

Curandeiros existem? Esperem até o final do filme, entre os créditos finais, que vocês vão conhecer um deles, com belos olhos azuis. Como todos os curandeiros legítimos, na sua época não fazia propaganda de si mesmo e agia sem estardalhaço.

O filme é dedicado a ele.

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Três Vidas

“Três Vidas” - “Triada”, México, 2023

Direção: Alba Gill

Essa série vale a pena ser vista principalmente pela atuação da atriz principal, Maite Perroni, que também é cantora. Ela interpreta as três irmãs gêmeas. Versátil e talentosa, ela consegue convencer como três pessoas muito diferentes.

O roteiro inspirou-se num caso real que aconteceu nos Estados Unidos, quando três meninos gêmeos foram separados alguns dias depois de nascidos. Tratava-se de um experimento de um psicólogo nada ético. Casais de diferentes níveis sociais, que esperavam na fila de adoção de uma agência importante, acolheram os gêmeos sem saber nada sobre o experimento.

A ideia era constatar como evoluíram cada um dos gêmeos em ambientes diferentes e o mesmo DNA. Esse caso foi objeto de um documentário em 2018, “Three Identical Strangers”.

Mas o roteiro da série pouco tem a ver com esse documentário. Apenas copia a existência dos gêmeos que nada sabiam sobre os irmãos.

A primeira gêmea que aparece é Rebecca, uma especialista forense que atende a um caso de sequestro. Ela se assusta com a semelhança de uma mulher baleada com ela mesma. Eram idênticas.

Rebecca consegue descobrir que a mulher baleada tinha nascido no mesmo dia que ela. E começa a pesquisar sobre sua vida. Mas sua maior surpresa foi descobrir mais uma gêmea, Tamara, que trabalhava num bar onde mulheres seminuas se exibiam na ”pole dance”.

Com esses elementos, prejudicados por um roteiro confuso, “Três Vidas” é apenas distração. Os personagens são rasos e há cenas que são cortadas por outras, sem nenhuma explicação. O melhor episódio é o último, que amarra melhor os pontos duvidosos da história.

São 8 episódios que, apesar das falhas, fazem de “Três Vidas” um bom entretenimento

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