Quem vencerá o Oscar de melhor atriz 2010?

Quem vencerá o Oscar de melhor atriz 2010?

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Quem será a premiada no dia 7 de março, próximo domingo, com o Oscar de melhor atriz?
Meryl Streep vivendo Julia Childs em “Julie e Julia”
Pergunta difícil de responder, já que concorrem a este prêmio grandes nomes ao lado de estreantes que podem surpreender. Aliás uma delas, Carey Mulligan de “Educação” levou o Bafta, o Oscar inglês.
Meryl Streep está em sua 16ª indicação para o Oscar: 3 como coadjuvante e 13 como melhor atriz.
Toda vez que ela atua, o faz de maneira tão magistral, que fica difícil esquecê-la na hora das listas dos melhores do ano.
Meryl Streep já ganhou o Oscar de melhor atriz coadjuvante por Kramer versus Kramer em 1978 e o de melhor atriz com o filme “Escolha de Sofia” em 1982.
Aos 60 anos e com uma carreira de triunfos,uma coisa é certa.Mesmo que não venha a ganhar a sua terceira estatueta, sua deliciosa Julia Childs, de “Julie e Julia”, que lhe valeu o Globo de Ouro desse ano como a melhor atriz de comédia, ficará na memória dos apreciadores do bom cinema.
Aliás qualquer filme com Meryl Streep vale a pena.
Se quiserem vê-la,mais uma vez encantando as platéias,assistam ao filme “Simplesmente complicado”, que está passando em São Paulo.

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AVATAR

"AVATAR", Estados Unidos, 2009

Direção: James Cameron

Eleonora Rosset

O filme mais caro da história do cinema, que teria custado 500 milhões de dólares, é também o primeiro filme a ser exibido com tecnologia 3D com legendas.
E esqueçam aqueles óculos de papelão com visores de celofane dos anos 60. Desta vez os óculos são normais e levinhos, de plástico.
Mas James Cameron, conhecido por dirigir ‘’Titanic’’(1997), não ousou apenas no uso de uma tecnologia avançada que usa terceira dimensão e atores transformados em versões digitais (e daí também o nome avatar). Ele quer nos encantar.
Para isso buscou em sua mente todas as lembranças dos livros de ficção científica que leu quando criança.
E nós também, espectadores, somos inundados pelas referências que percebemos a cada instante na tela na qual mergulhamos. E nela vemos surgir algo como o Príncipe Submarino das velhas histórias em quadrinhos, samurais rodopiando com adagas voadoras, piratas do Caribe abordando navios ou ainda Tarzan cortando os ares em seu cipó, David contra Golias e de repente dragões sendo cavalgados na noite…E tanta coisa mais…
Sim. Porque ‘’AVATAR’’ é deslumbrante.
A história tem coisas boas e outras nem tanto, mas quem se interessa só por história se estamos em Pandora?
O planeta distante é um sonho psicodélico: mistura de floresta gigante e fundo do mar com bancos de coral resplandecentes, montanhas flutuando na neblina, cascatas caindo no fundo do vácuo, pássaros pré-históricos em revoada, felinos pelados de enormes caninos à mostra, águas-vivas cintilando na noite como insetos tranqüilos, flores gigantescas de mil cores incandescentes…
E o povo de Pandora é azul com grandes olhos amarelos. Enormes para as dimensões humanas e plenamente adaptados a seu planeta,lembram uma mistura de índios apaches pintados para a guerra com guerreiros Massai africanos com seus longos pescoços, penas nos cabelos em trança e cauda.
Mas para descrevê-los, melhor vê-los em ação, velozes, leves, agressivos e doces, fazendo de tudo para proteger a Árvore Sagrada, lugar onde se comunicam com seus ancestrais.
Porque a tradição e os costumes são respeitados em Pandora.
E quando os soldados-mercenários humanos lá chegam atrás de minério de seu subsolo, será a guerra da ganância destruidora contra a luta para manter o equilíbrio frágil da natureza.
Claro que o filme fala para nós da destruição das florestas tropicais, da falta de cuidado com o nosso planeta Terra, mas também de como podemos mudar tudo isso enquanto é tempo.
Ao escolher Pandora para o nome do planeta onde existem seres que nos ensinam a viver em harmonia, acho que Cameron pensou na mitologia grega. Pandora era uma mulher descuidada e curiosa que, ao abrir uma caixa proibida, soltou no mundo todos os males que assolam o nosso planeta.
Mas, diz o mito, no fundo da caixa ficou a Esperança. Aquela que, sendo forte e protegendo sempre a vida, é a última que morre.
Penso que o filme fala com todo tipo de público com a condição de que o adolescente dentro de nós, mais velhos, esteja vivo, assim como a esperança de salvarmos o nosso planeta azul.
E isso é tarefa de todos nós.

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