Não olhe para trás
“Não olhe para trás”- “Danny Collins”, Estados Unidos, 2015
Direção: Don Fogelman
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Al Pacino, 84 anos, é um dos maiores atores vivos do cinema e teatro. Qualquer papel que ele interpreta, convence. Alguns dos sucessos de sua carreira: “O Irlandês”2019, “Era uma vez em…Hollywood” 2019, “God Father Parte II”1972, “Um dia de cão”1976 e ”Perfume de Mulher” 1992 pelo qual ganhou o Oscar de Melhor Ator. Foi indicado ao Oscar inúmeras vezes e ganhou O Globo de Ouro outras tantas.
Aqui nessa história, que tem comédia e drama, ele é Danny Collins, um cantor de rock que as plateias de senhoras que eram jovens nos anos 70, adoram.
Ganhou muito dinheiro que esbanja sem bom senso e vai no seu ônibus pelos Estados Unidos com shows onde canta sempre a mesmas músicas.
De hotel em hotel lá vai ele se repetindo. Mas tem um público fiel que canta com ele os sucessos de sua carreira, música pop ritmada pelas palmas da plateia.
Vestido com um terno maior do que ele, um foulard no pescoço, cabelos pintados despenteados e pó muito pó branco para simular alegria, ele começa a ficar deprimido e já não encanta as mulheres que ele deseja.
A gerente do hotel onde se hospeda (Annette Benning) não dá muita bola para ele e recusa seus convites para jantar. Percebemos que acha o cantor um personagem patético.
Mas eis que algo inusitado acontece. Seu empresário (Christopher Plummer) traz um presente que vai mudar a vida de Danny. Por incrível que pareça, John Lennon, antes de morrer, escrevera uma carta convidando Danny para uma conversa sobre suas músicas. E havia um número de telefone na carta simpática.
“- O que teria sido de mim se eu tivesse recebido essa carta?” lamenta Danny.
Quarenta anos haviam passado e só agora ele lê a carta e fica chocado. O tempo passou e ele não se deu conta. Foi então que algo lá dentro chamou-o com urgência para não deixar de lado coisas importantes.
Lembrou-se do filho que nunca conhecera. Mandava cheques polpudos que eram sempre devolvidos rasgados.
Danny resolve que vai encontrar o filho, ansioso para ter uma família e experimentar um carinho legítimo. Nem passa pela sua cabeça narcisista que o filho poderia não querer vê-lo nem pintado.
Nem sempre as coisas acontecem do jeito que a gente quer. E Danny aprende que sinceridade e tenacidade não se compram com dinheiro mas talvez abrindo o coração.
O filme tem muito charme e Al Pacino esbanja simpatia e talento.