Fora de Série

“Fora de Série”- “Booksmart”, Estados Unidos, 2019

Direção: Olivia Wilde

Este é um filme sobre a passagem da adolescência para a vida adulta. Um tema muito usado no cinema. Mas aqui tem algo de novo no modo com que a história é contada. Passa-se nos Estados Unidos, Los Angeles, numa “High School” de jovens descolados, bem vestidos em seus estilos originais e divertidos. Mas há duas garotas que destoam do resto e elas são as personagens principais.

O filme é também a estreia da atriz Olivia Wilde, 35 anos,  na direção. Ela tem origem irlandesa e vem de uma família de jornalistas bem sucedidos.

O roteiro é de Emily Halpern e Sarah Haskins, duas graduadas em Harvard. Ficou rodando os estúdios por um bom tempo até ser apurado por Kate Silberman, Susanna Fogel e a diretora.

As personagens principais são duas melhores amigas, que se sentam na primeira fila da sala de aula, prestam atenção e tiram as notas mais altas porque se dedicam ao que será o futuro delas.

Molly (Beanie Feldestein) e Amy (Kaitlyn  Dever) não se largam, juntas o tempo todo, trocam confidências e segredos. Molly (na vida real irmã de Jonas Hill) vai para Yale e seu sonho é tornar-se a mais jovem juíza da Suprema Corte. E Amy pensa em ir para Botswana fazer trabalho voluntário e depois seguir seus estudos na Universidade de Columbia.

Essas duas melhores amigas não dão a mínima para o fato de serem diferentes dos outros. No fundo, se acham superiores porque é certo que vão entrar nas melhores faculdades.

Elas pensaram em tudo menos no que aconteceu quando Molly, no banheiro da escola, escuta uma conversa de alunos relapsos, sobre as universidades que iriam cursar, tão boas quanto a dela. Um deles já tinha garantido um emprego no Google com um salário que valia a pena.

Foi um choque. Molly conta tudo para Amy e sua conclusão é a de que perderam um bom tempo só estudando e os outros, que não estudaram tanto e se divertiram muito é que estavam certos.

Então ficou decidido que na última noite antes da formatura elas vão fazer tudo que não fizeram até agora. E claro, vão se meter em encrencas colossais,  experimentar drogas, sofrer decepções e fazer algumas descobertas importantes sobre si mesmas.

O filme tem bom humor, diálogos naturais e cenas criativas como quando as meninas se drogam e viram Barbies ou na piscina quando Amy pensa que é uma sereia.

Claro que é um universo muito diferente da maioria das escolas brasileiras mas há nesse filme um sentimento presente em todos os adolescentes de ontem e de hoje, não importando que as roupas e as piadas sejam diferentes. A festa vai acabar…

A juventude passa e não tem jeito. Não volta mais. Há que encarar a vida que continua. Tudo passa.

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