Quem vai ganhar o Oscar de melhor ator?

Quem vai ganhar o Oscar de melhor ator?

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A premiação para o Oscar de melhor ator está muito difícil de adivinhar. E isso porque os filmes deste ano ofereceram excelentes papéis masculinos.
Jeffrey Bridges é apontado como o favorito por alguns desde que ganhou o Globo de Ouro que, às vezes, antecipa o resultado do Oscar.
Em “Coração louco” há uma oportunidade para esse ator de tantos bons filmes, e nunca premiado, mostrar com talento a capacidade de recuperação de seu personagem, um cantor de música “country” decadente e alcoólatra.
Dizem que a Academia, que conta com 5.777 votantes, adora premiar esse tipo de papel, se bem que no ano passado isso não funcionou para Mickey Rourke em “O lutador”.
Outro que buscou um papel sob medida para o Oscar foi o galã bonitinho George Clooney. Em “Amor sem escalas”* ele tem a chance de brilhar na pele do antipático e frio executivo que demite pessoas como quem faz um favor ao desempregado.
Clooney já ganhou um Oscar como ator coadjuvante em 2005 por “Siriana”.
Morgan Freeman é o único da lista que já foi indicado duas vezes como melhor ator por “Conduzindo Miss Daisy” em 1989 e “Um sonho de liberdade” em 1994. Não levou e seu único Oscar foi como ator coadjuvante em “Menina de ouro” em 2005.
Se ganhar nesse ano o Oscar de melhor ator será também uma vitória para Clint Eastwood que teve seu filme “Invictus”** excluído da lista dos melhores do ano.
Morgan Freeman criou um Nelson Mandela para ficar na história do cinema, comovendo e inspirando plateias no mundo inteiro. É um forte concorrente ao Oscar de melhor ator do ano. Torço por ele.
Correndo por fora tem Colin Firth em sua primeira indicação ao Oscar. Lembremos que ele ganhou o Bafta inglês e o prêmio de melhor ator no Festival de Cannes.
Dirigido por Tom Ford em “Direito de amar”, incarna o professor mais velho que perde o companheiro e passa por um doloroso processo de luto. Comove e transpira dignidade. Também pode surpreender e levar o Oscar.
Finalmente tem no páreo Jeremy Renner, o “especialista” do filme “Guerra ao terror”***, de Katryn Bigelow, que pode ser que leve mais prêmios para casa do que qualquer outro diretor na cerimônia de amanhã.
Como viram, está mesmo difícil de dar um palpite. Mas quem quer que ganhe o Oscar de melhor ator vai brilhar em um grupo seleto de atores de primeiríssimo time.

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Quem vai ganhar o Oscar de melhor filme estrangeiro?

Quem vai ganhar o Oscar de melhor filme estrangeiro?

A categoria de Oscar para o melhor filme falado em língua estrangeira tem sido tradicionalmente a que pode reservar mais surpresas para os espectadores da cerimônia.
Por exemplo, no ano passado, quando o favorito era “Valsa com Bashir”, de Israel, o filme japonês “A partida” ganhou o Oscar.
Além disso, nem todo mundo em Hollywood vê os filmes que não são falados em inglês. Para não lembrar dos americanos em geral que tem verdadeira ojeriza a ler legendas.
No dia 7 de março, próximo domingo, vamos ficar sabendo quem leva o prêmio dessa vez, em meio a palpites de todo o gênero.
Assim, o filme “A fita branca”, produção alemã, dirigido pelo austríaco Michael Haneke, além da Palma de Ouro do Festival de Cannes no ano passado, levou também o Globo de Ouro que é o prêmio mais consagrado depois do Oscar.
É um filme sofisticado que tenta questionar as raízes do mal na natureza humana. Rodado em glorioso preto e branco foi indicado também para o Oscar de melhor fotografia.
“A fita branca” fez sucesso nos Estados Unidos onde foi agraciado com os prêmios de melhor filme estrangeiro pelos críticos de cinema de Chicago, Los Angeles e New York. O mesmo aconteceu em Toronto, Canadá.
É o grande favorito.
Já “O profeta”, da França, que se passa em um presídio, acaba de ser consagrado em seu país, já que levou nove Césars, o prêmio mais conhecido e disputado pelos franceses.
Se seu filme ganhar no domingo, o diretor Jacques Audiard vai quebrar um jejum da França de 17 anos na festa do Oscar, pois o último a cumprir esse ritual foi “Indochina” de Régis Wargnier, que venceu a categoria em 1993.
Lembremos ainda que “O profeta” ganhou também o Bafta (Oscar inglês) e o Grande Prêmio do Júri do Festival de Cannes em 2009. Pode surpreender.
Há dois filmes latino-americanos na competição.
Um deles, ”O segredo dos seus olhos”, co-produção Argentina/Espanha, do diretor Juan José Campanella foi a maior bilheteria dos últimos 34 anos na Argentina.
Contando uma história de amor e tendo como pano de fundo um crime passional, é protagonizado pelo ótimo Ricardo Darin.
Vamos lembrar aqui que o diretor Juan José Campanella dirigiu também “O filho da noiva” grande sucesso de público no Brasil e no mundo. Foi indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro em 2001.

Parece que “O segredo dos seus olhos” não tem muita chance de ser premiado. Tanto que Ricardo Darin anunciou à imprensa que não vai estar presente na cerimônia de premiação.
O segundo filme latino-americano é “A teta assustada” da diretora Claudia Llosa do Peru. Ganhou o Urso de Prata no Festival de Berlim do ano passado.
Ficou pouco tempo em cartaz no Brasil.
Interessante na opinião dos críticos, não chega a preocupar os outros concorrentes.
“Ajami” é o filme de Israel, país que concorre sempre nessa categoria de melhor filme estrangeiro mas nunca conseguiu levar um Oscar.
Sua grande originalidade é o fato de ter na direção uma parceria: o israelense Yaron Shani e o palestino Scandar Copti.
O filme conta o enfrentamento dos diferentes grupos religiosos que tentam conviver em Israel.
Estrelado por atores amadores foi o filme mais premiado esse ano em Israel. Recebeu elogios tanto de árabes quanto de israelenses.
Ainda dessa vez o Brasil ficou de fora do Oscar. “Salve geral” de Sérgio Rezende não conseguiu ficar entre os finalistas.
Com exceção de “O profeta” e “Ajami”, os outros filmes concorrentes à categoria de melhor filme estrangeiro já passaram no Brasil. “A fita branca” e “O segredo dos seus olhos” continuam em cartaz em cinemas de São Paulo.
Domingo saberemos o nome do vencedor na cerimônia comandada por Steve Martin e Alec Baldwin.

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