Love Story – Uma História de Amor

“Love Story – Uma História de Amor”- “Love Story”, Estados Unidos,1970

Direção: Arthur Hiller

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Aquele rapaz curvado e só, olhar perdido, sentado na frente de uma pista de patinação no gelo vazia, pergunta para si mesmo:

“- O que se pode dizer de uma menina de 25 anos que morre? Ela era linda, brilhante e gostava de Bach, Mozart, The Beatles e de mim. “

E começamos a ver a história já emocionados mas querendo saber o que foi que aconteceu.

O primeiro encontro foi na biblioteca de Radcliffe, uma universidade só para mulheres, no Estado de Nova York, onde ela estudava música. Um tom de brincadeira se instala desde o começo, já mostrando que aqueles dois tem uma atração enorme um pelo outro. Ele é rico, bonito, estuda em Harvard. É Oliver Barrett IV (Ryan O’Neal). Ela é Jenny Cavilleri (Ali MacGraw) pobre, bonita, muito charmosa e tem sempre uma reposta para tudo.

Ele não se sente à vontade quando ela pergunta o sobrenome dele porque há uma imensa diferença social entre eles. E Oliver não se orgulha do dinheiro do pai banqueiro. O contrário. Os dois estão brigados.

Mas ela não se interessa pelo dinheiro dele. Está atraída por ele. Quando saem juntos da biblioteca e chegam ao prédio do campus da universidade onde ela mora, acontece o primeiro beijo. Quando chega em seu quarto, olhos brilhantes, ele liga para ela:

“- O que diria se eu dissesse que estou apaixonado por você? “

“- Conheço sua fama “, responde ela rindo.

Como são bonitos aqueles dois juntos. As cenas no campo branco de neve onde fazem “anjos”, rolam e brincam como crianças, rindo sem parar, são deliciosas. Estudam com ela no colo dele e os dois com livros nas mãos e a cabeça em outra coisa.

Ele não pode mais viver sem ela. Quando ela conta que vai estudar em Paris onde conseguiu uma bolsa de estudos, ele se adianta:

“- Você vai depois do nosso casamento! ”

Os dois se olham encantados.

Quando vão conhecer os pais de Oliver, aquela mansão num parque de arvores centenárias, ela comenta:

“- Não sabia que era tanto…Rico demais para mim…”

Mas na verdade Jenny tem um temperamento amoroso e quer ajudar Oliver a sair de sua posição intransigente frente ao pai. Não consegue e se casam com simplicidade e o encanto da juventude e do amor impregnando todos os poucos ao redor deles. Inclusive Phil, pai de Jenny, que vai dar suporte a Oliver quando ela se for.

“Amar é nunca ter que pedir perdão”, é o lema do filme que nos anos 70 foi sucesso pelo mundo afora. A música de Francis Lai ganhou o Oscar.

“Love Story” vai sempre mexer com as nossas emoções. É um clássico do cinema.

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Queen

“Queen”, Índia, 2013

Direção: Vikas Bahl

A casa de Rani, em Nova Delhi, está tumultuada. Daqui a dois dias ela vai se casar e muitos são os preparativos que a envolvem e também às amigas e parentes que vieram para a festa.

Rani sabe que seu nome que dizer “Rainha” e se sente o centro das atenções. E gosta disso, apesar de ter fama de ser tímida. Um véu vermelho bordado de dourado emoldura seu rosto radiante.

Rani é morena de pele clara, longos cabelos negros e grandes olhos num rosto harmonioso. Seu casamento com Vijay (Raj Kummar Ra) não foi um daqueles arranjados pela família. Eles se amam, ela tem certeza. Sonha com o futuro, enquanto suas mãos estão sendo pintadas com hena, um costume indiano.

Todas as convidadas cantam e dançam, celebrando a felicidade de Rani. Palitos de fogos de artifício iluminam mais ainda a cena colorida e alegre.

Mal sabe Rani que a visita do noivo no dia seguinte vai cair como uma bomba:

“ – Rani, sinto muito, não posso me casar com você. Minha vida mudou. ”

Estão num pequeno café e Rani chama a atenção de todos porque é impossível não chorar com essa notícia abrupta que muda toda a vida e os sonhos dela.

Rani chega em casa e se tranca no seu quarto. A mãe chora e o pai não sabe o que fazer.

Rani relembra como se conheceram na loja de doces do pai dela. Ele a perseguia em todos os lugares e chamava Rani de “My Queen”. Um dia apareceu numa moto com balões vermelhos em forma de coração. Como não se apaixonar por aquele rapaz romântico?

Ele vai estudar Engenharia em Londres e diz que tatuou o nome dela no coração. Todas essas lembranças machucam.

Mas Rani, no dia seguinte, surpreende a família dizendo que vai fazer a lua de mel sozinha. Enlouqueceu?

Pois esse foi o primeiro passo na direção oposta a aquela para a qual se preparara. Sem noivo, sem amigas, mal arranhando o francês, ela voa para Paris. Sempre fora a cidade que ela quisera conhecer.

E lá vai nascer um nova Rani que enfrentará os obstáculos do caminho enfrentando tudo com forças internas que ela não sabia que tinha.

Adeus à Rani chorona. Benvinda a nova Rani, de cabelos soltos, aberta para as coisas boas que a vida tinha para oferecer. Mas sem perder seu jeitinho correto de ser.

O filme foi sucesso de público e crítica. A atriz principal, Kangana Ranaut, é muito expressiva e o elenco dá uma piscadela para o tema do racismo e da aceitação do diferente, já que reúne jovens de todas as cores de pele.

Como o orçamento era baixo foi filmado “in loco”, tanto em Paris como em Amsterdan, o que deu bastante cor local ao filme, com cenários verdadeiros e uma bela fotografia.

“Queen” nos fala também da nova mulher que nasce na Índia, se aventurando sozinha pelo mundo e aproveitando as oportunidades que a vida oferece. O casamento não será o único destino dessa nova mulher que pode escolher o que quer viver, sem a tutela dos pais e dos casamentos arranjados respeitando castas.

É um filme sem pretensão mas que diverte. E como em todo filme indiano, muita música mas que aqui segue o roteiro e as aventuras de Rani.

Vale ver.

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