A Culpa é das Estrelas
“A Culpa é das Estrelas” – “The Fault in Our Stars”, Estados Unidos, 2014
Direção: Josh Boone
Apesar de um leve pé atrás, gostei e chorei. E não tinha lido o livro.
Na minha época, mas mais grandinha que as meninas barulhentas que enchiam a plateia e perturbavam os adultos intrometidos que faziam “Chíu!”, foi o filme “Love Story”1970, que me fez soluçar.
Ao contrário do atual, o meu virou livro de sucesso só depois que estreou nas telas e foi escrito pelo roteirista do filme, Erich Segal.
Na minha época, o refrão que ficava era “Amar é nunca ter que pedir perdão”, encurtado para o “OK” de Hazel e Gus de “A Culpa é das Estrelas”, adaptado do best-seller de Josh Green.
O filme comove e emociona adultos e crianças porque trata com simplicidade e delicadeza da doença, da morte mas principalmente do primeiro amor.
Hazel e Gus estão doentes mas não recusam o que o coração comanda. Quem ainda não viveu isso, como as meninas da plateia, anseia por ele, ao mesmo tempo que o teme, mas quem já viveu isso há muito tempo, recorda com saudade.
Hazel Grace Lancaster e Augustus Waters encontram-se num grupo de ajuda para doentes jovens como eles. E como é encantador seguir os primeiros olhares.
Gus (Ansel Elgort) e Hazel (Shailene Woodley) sintonizados pela química que existe entre eles, passam para o espectador uma verdade difícil de ver em atores até mais tarimbados do que eles. E acho que isso acontece porque a entrega total dos dois a seus personagens, é visível.
A companhamos a garota que precisa de oxigênio, o tempo todo e o rapaz bonito e bem humorado que teve que perder uma perna para sobreviver, torcendo pelo casal. Não porque estão doentes, mas porque estão apaixonados.
O diretor Josh Boone, 38 anos, no seu segundo longa, dirige o filme fazendo a câmara acompanhar os protagonistas em belos cenários e suas cores são sempre solares e vibrantes, mesmo quando o inevitável acontece.
A mãe de Hazel (Laura Dern) e o escritor preferido de Hazel e Gus (Willem Dafoe), que eles encontram na viagem à Amsterdã, interpretados por atores famosos, não tem muitas cenas no filme. Os roteiristas Scott Newstadter e Michael H. Weber (“500 Dias com Ela”) decidiram assim. E fizeram bem porque o foco é o casal, responsável pelas lágrimas e pelos risos.
Na carta que escreve a Hazel, Gus diz que, na vida, todos nós seremos feridos ou seja, vamos sofrer. E que é um privilégio poder escolher quem vai fazer isso conosco. Ele refere-se ao amor, à morte e à sobrevivência de sómente um, que fica com a ausência e vive a perda. Mas se o amor continua a existir, mesmo na ausência do amado, valeu a pena.
Mesmo porque, a morte do próprio amor é sempre algo terrível.
Portanto, afaste suas ideias pré-concebidas e vá assistir ao filme que vai também ficar na história afetiva das pessoas sensíveis.
Que legal o que você escreveu sobre o filme Eleonora! Gostei muito dele também e chorei como todo mundo em muitas cenas do filme. Nos comentários de “As palavras” você escreveu a melhor frase do filme que coincidiu com a que também considerei. Neste você não escreveu frase nenhuma embora tenha mencionado um filme que também foi da minha época, e se referiu a uma frase que repeti tantas vezes na vida – “Amar é não ter jamais que pedir perdão.” Vou então, neste comentário, dizer qual a frase deste filme (A culpa é das estrelas) que me marcou: “Esta noite engarrafamos todas as estrelas pra vocês meu jovem.” dita pelo garçom que serve o casal num jantar oferecido pelo escritor aos dois em Amsterdã. Parabéns novamente pelo blog. Fiquei fã.
http://verdadesdeumser.com.br
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Minha Sinopse
Nasci em São Paulo, Capital. Sou a primeira filha de sete irmãos nascidos de Yvette e Octavio Pereira de Almeida, casada com Ivo Rosset. Estudei Psicologia na PUC de SP e Direito no Mackenzie. Sou psicanalista, membro associado da Sociedade Brasileira de Psicanálise de SP. Atendo em meu consultório há mais de 30 anos. Sempre adorei cinema, desde as sessões Tom e Jerry, passando pelo Cine Bijou até o saudoso Belas Artes. Meus filmes preferidos: “Morte em Veneza” de Visconti e “Asas do Desejo” de Wim Wenders.
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