Bohemian Rhapsody

“Bohemian Rhapsody” – Idem, Estados Unidos, 2018

Direção: Bryan Singer e Dexter Fletcher

E lá está ele de novo, cantando e seduzindo plateias. Freddie Mercury nasceu para ser estrela.

Em “Bohemian Rhapsody” vemos sua história, desde o menino que nasceu em Zanzibar em 5 de setembro de 1946, de uma família indi-parsi, até o vocalista da banda Queen que se fantasiava, dançava e cantava com uma voz poderosa e doce. E por fim, a tristeza de saber que estava doente. Ele morreu em 24 de setembro de 1991.

O filme levou nove anos para ser pensado, produzido e filmado. Valeu. E vai emocionar não só os fãs que tiveram o privilégio de vê-lo no palco no Brasil em 1985, no Rock in Rio e em São Paulo com um show inesquecível, mas também a geração que não o conheceu ao vivo e vai viver no cinema a experiência de um encontro com um dos ícones do século XX.

Queen, a banda famosa, é recriada com atores muito parecidos com os verdadeiros personagens. O guitarrista Brian May é Gwilyn Lee e o baterista Roger Taylor é Ben Hardy. Os companheiros de Freddie na banda co-produziram o filme.

Já Rami Malek, 37 anos, de ascendência egípcia, apesar da prótese exagerada para imitar os dentes de Freddie, encarna o roqueiro com tanto coração, coragem e talento, que há momentos que esquecemos o ator e vemos Freddie Mercury. Há todo o charme sexy do jeito de andar pelo palco, brincando com o microfone fálico e o olhar direto para a plateia, interagindo com a multidão hipnotizada. A voz é produto de uma mixagem das vozes do ator e de Mercury.

E as músicas escolhidas dão vontade de cantar e dançar no cinema: Radio Ga GA, We are the champions, The show must go on, Somebody to love e outras mais.

A relação afetiva com Mary Austin (Lucy Boynton) é tocante. Ela o ajuda desde o começo, produzindo seu visual na Biba, loja famosa na época em Londres. Está sempre ao lado dele e seus amados gatos. E o amor que ele sente por ela impregna de doçura a música que ele fez para ela, Love of my Life.

Mas ninguém escapa do que é, e Freddie Mercury descobre sua atração por homens nas turnês mas não quer perder Mary. O filme mostra múltiplos parceiros, noitadas nas boates, festas de arromba mas sempre uma nostalgia no olhar.

Ele não proclama sua sexualidade nem a doença que o levou à morte muito jovem, aos 45 anos. Tinha esse direito.

“Bohemian Rhapsody” merece por visto por todos que gostam de música e de se emocionar no cinema.

Este post tem 0 Comentários

  1. Denilson Monteiro disse:

    Verei amanhã. Se o mercado literário não fosse tão complicado, seria ótimo contar com um livro reunindo algumas das ótimas resenhas do blog.

  2. Homerix disse:

    Excelente, mais uma vez.. comecei a admirar sua escrita com a crítica a ‘Infiltrado na Klan’. Virei fã!

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