Miss Potter
“Miss Potter”- Idem, Reino Unido, 2006
Direção: Chris Noonan
Quem nunca viu os livros infantis e mesmo os pratinhos e canecas de porcelana com o coelho vestido de gente?
Foi a inglesa Beatrix Potter (1866-1943) quem criou o personagem Peter Rabbit. Faz tempo. Ela era uma garota de família rica que gostava de desenhar seus animais de estimação. E tornou seu coelho mundialmente famoso.
Escritora de histórias para as crianças, seu primeiro livro, ilustrado com seus desenhos, “The Tale of Peter Rabbit”, em sua primeira edição, em 1902, vendeu 20.000 cópias no Natal daquele ano. No século passado, o livro vendeu mais de um milhão de cópias pelo mundo afora, traduzido em 37 línguas.
Outros livros foram igual sucesso de vendas e tornaram Beatrix Potter muito rica. Ela mudou-se para o campo inglês, comprou sua primeira fazenda, Hill Top e tornou-se criadora premiada de ovelhas. Conservacionista, adquiriu terras que doou ao National Trust, organização que preservava áreas de beleza natural no Reino Unido.
O filme “Miss Potter” conta a história dessa mulher que enfrentou a sociedade inglesa vitoriana que proibia tudo às mulheres. Não se deixou levar pelos apelos de pai e mãe que queriam vê-la casada e frequentando chás com outras mulheres ricas. Não se casou com pretendentes que sua mãe lhe apresentava e não deu ouvidos à família quando se apaixonou por um homem que não pertencia à sua classe social.
Renée Zellweiger interpreta com segurança as alegrias e tristezas da escritora, rodeada por um elenco de primeira como Ewan McGregor, Emily Watson e Lloyd Owen.
A cena final volta para a inicial, na qual vimos Beatrix Potter escrevendo sentada num campo verde, debaixo de uma árvore com um rio ao fundo:
“As histórias nem sempre acabam onde pretende o autor. Mas é uma alegria segui-los, onde quer que nos levem”.
Uma mensagem de liberdade que ela adotou em sua vida.