Ruby Sparks – A Namorada Perfeita
“Ruby Sparks – A Namorada Perfeita”- “Ruby Sparks”, Estados Unidos, 2012
Direção: Jonathan Dayton e Valerie Faris
Quem já não sonhou com o amor perfeito? Alguém sem defeitos, ideal, que nos amasse para sempre, aconteça o que acontecer?
Pois essa é a brincadeira de “Ruby Sparks”, filme surpreendente e encantador que, apesar de só falar de amor, em nenhum momento cede ao lugar comum ou ao romance açucarado.
Calvin (Paul Dano), um jovem escritor talentoso, está em pleno bloqueio criativo. Não consegue escrever nem uma linha, apesar da pressão do seu agente.
Angustiado, essa é a principal queixa que ele leva para suas sessões de terapia com o dr Rosenthal (Elliot Gould).
Sua única diversão é levar o cão Scott para passear, na esperança de encontrar alguém ou pelo menos alguma inspiração para o seu livro.
Até que uma bela noite, Calvin sonha com uma garota que anda mancando nas nuvens e que pergunta para ele:
“- Viu o meu sapato? Perdi…”
No dia seguinte, na academia, conta o sonho para o seu melhor e único amigo, o irmão Harry (Chris Messina):
“- E você transou?”
“- Nós conversamos. Foi tão legal…” responde Calvin encantado.
E ele, que vive agora para sonhar, tem outro encontro de sonho com a ruiva de olhos azuis. Conversam no parque sobre o nome que ele deu para o cachorro:
“- É uma homenagem a Scott Fitzgerald, um grande escritor que admiro muito.”
“- Não conheço… Estranho… Dar esse nome a um cão não é uma maneira de humilhar esse escritor? Bem, não tenho nada contra matar os ídolos”, diz ela sorrindo e acariciando Scott.
Quando acorda, Calvin corre para a velha máquina de escrever e enche laudas e mais laudas de papel, inventando coisas sobre ela, Ruby Sparks, a quem deu esse nome por causa do cabelo vermelho e porque ela brilha como estrela única no céu dele.
Seu terapeuta comenta que ele está apaixonado pelo personagem que inventou.
“- Você não entende nada sobre mulheres… Como vai escrever uma história de amor?” critica o irmão quando lê as páginas que Calvin mostra para ele.
Até o dia em que ele encontra um soutien vermelho no sofá de Calvin e a cunhada se depara com uma calcinha na gaveta da cozinha. O mais espantado é o próprio Calvin.
Mas, nessa noite, depois de um sonho particularmente romântico com Ruby, ele fica frente a frente com aquela que ele criou e por quem está fascinado.
De carne e osso, Ruby entra na vida de Calvin para ser aquela que ele sonhou encontrar. Entre acreditar na realidade à sua frente ou duvidar que ela exista, Calvin prefere amar Ruby.
Mas, como todo romance, o deles também vai ter percalços, que além de divertir, fazem pensar sobre o que é amar alguém.
O charme extra do filme fica por conta de Zoe Kazan, que interpreta Ruby e escreveu o delicioso roteiro. Neta de Elia Kazan (1909-2003), o famoso diretor de cinema, na vida real ela é a namorada de Paul Dano que faz Calvin. Os dois produziram o filme e convidaram a dupla do cultuado “Miss Sunshine”, que também são namorados, Valerie Faris e Jonathan Dayton, para dirigir. No elenco, Annette Bening e Antonio Banderas contribuem com seu talento.
Simpático, inteligente e original, “Ruby Sparks – A Namorada Perfeita” diverte e encanta, com um toque sofisticado que há muito tempo não se via no cinema americano.
Finalmente um comentario de um filme que eu ja assisti
eu particularmente gosto de ler seus comentarios depois de ter visto o filme.Adorei o filme e recomendo.As suas apreciações estão perfeitas e só acrescenta para se curtir ainda mais .
Anna querida,
Que bom que vc veio até aqui, mostrando ser a amiga gentil que vc é sp!
Que bom tb que vc viu o filme. Hoje está passando num único cinema mt longe do circuito a que estamos acostumadas… Pena pq tenho a certeza de que mt gente ia gostar…
Bjs
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Minha Sinopse
Nasci em São Paulo, Capital. Sou a primeira filha de sete irmãos nascidos de Yvette e Octavio Pereira de Almeida, casada com Ivo Rosset. Estudei Psicologia na PUC de SP e Direito no Mackenzie. Sou psicanalista, membro associado da Sociedade Brasileira de Psicanálise de SP. Atendo em meu consultório há mais de 30 anos. Sempre adorei cinema, desde as sessões Tom e Jerry, passando pelo Cine Bijou até o saudoso Belas Artes. Meus filmes preferidos: “Morte em Veneza” de Visconti e “Asas do Desejo” de Wim Wenders.
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